sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quem oferece o mundo em troca de adoração?

Usar a expressão de Paulo sobre o que importa é o Evangelho ser pregado não se justifica. No caso, Paulo se referia a pregação do Evangelho por motivos errados; e não a pregação de um falso evangelho por obreiros apóstatas e fraudulentos.

O que Paulo estava dizendo era que mesmo um obreiro pregando para sua própria glória, quando ele anunciava o Evangelho, este era eficaz, independentemente dos defeitos morais do comunicador.

Por analogia: um médico que fuma não mente quando diz que fumar é prejudicial a saúde. Porém, um medico que cria uma teoria sobre os benefícios do fumo...

O sermão expositivo tem perdido a importancia nas igrejas e nossos altares tem sido literalmente profanados.

O púlpito agora virou palco para apresentação dos auto-denominados “levitas” e suas músicas de auto ajuda que mais exaltam ao homem que a Deus. Basta prestar atenção na letra dos supostos “hinos” para perceber que o foco central não é Cristo, e sim o crente “forte, corajoso, destemido, ungido, protegido”, etc.

Embora ainda não tenha visto nenhum pastor vestido literalmente de palhaço, tenho visto muita gente fazendo palhaçada na igreja.

Parece que o requisito para ser um bom pregador mudou: agora a vida de oração e o conhecimento das Escrituras não são o fator preponderante na ordenação de um ministro; é o carisma, a capacidade de interagir com o auditório e de arrecadar grana.

Fico realmente absorto com a cara-de-pau desses pseudo-pregadores avivalistas, que são capazes de passar uma hora completa sem citar nenhum texto bíblico.

Eles usam frases como “levanta a mão e dá glória”, “profetiza pro teu irmão”, "bate no ombro do teu irmão e diga que o ama", e o famoso chavão “quem tem promessa não morre”, dissimulando assim a sua falta de conteúdo.

Passar duas horas sentado ouvindo um pregador imitando um leão: a cada cinco ou dez minutos dando uma “roncada” no microfone – com que finalidade, não sei. O mais triste de tudo ver muitos obreiros de casa compromissados com a ortodoxia, com bom conhecimento bíblico e bom testemunho entre os irmãos, sentados na tribuna como se fossem uma peça sem valor, enquanto o pregador (que ninguém sabia de onde era, caido de para-quedas sabe-se la de onde), faz a festa na “nossa casa”.

O que seria uma ótima oportunidade para apresentar o Cristo crucificado, ressurreto, glorioso e Salvador, mas o “pregador” passa todo o tempo repetindo chavões, de modo que quando feito o apelo, ninguém vai a frente receber a Cristo.

Também é verdade que as regras para se avaliar um bom pregador foram alteradas. E radicalmente! Hoje ele precisa ter na 'performance' linguas extranhas, gritos, piruetas, palavras de ordem.

E no curriculo, é bom que tenha relatos de exorcísmos milaborantes; vida anterior como drogado, ladrão, estrupador, satanista. Se tiver ressucitado alguém, ou feito uma visitinha no Inferno também ajuda bastante; mesmo que biblicamente, o Inferno não esteja sendo povoado por ninguém, ainda... (tem um monte de candidato).

Pregar pra esses também é dificil pois, obrigatoriamente, somos forçados a RESPEITAR O TEXTO. Excelente observação! Mas o que se esperar de mim quando subo no púlpito? Que desrespeite o texto? As vezes tenho um nó no estomago ao ler algumas obras sobre homilética.

Alguns autores parecem bem dispostos a listar as 'desvantagens' de pregar expositivamente!! Mas, amados, que desvantagem pode haver em expor a Bíblia? Toda luta, sofrer ou perseguição que vier deveria ser tido como dádiva, e não como desantagem!Sermões temáticos e textuais possuem seu lugar; não nego e nem me abstenho totalmente se usá-los.

Imagine pregar expositivamente em cada velório ou aniversário... Possível? Sim, mas fora de 'senso' as vezes, não?

Quem oferece o mundo em troca de adoração é o diabo.

Comentario do blog pupito cristao.

Nenhum comentário:

Postar um comentário