domingo, 6 de novembro de 2011

Babel, Babilônia e Brasil

Babel, Babilônia e Brasil

É o abuso de poder eclesiástico que torna crível o absurdo megalomaníaco.

Não era uma construção qualquer - afinal, era uma obra para ser vista e admiradaTocar no céu. Altura imponência eram fundamentaisainda que o sangue e suor dmassa de trabalhadores vertessem  sob os blocos de pedra.  Valia tudo para poder tocar no céu, e os olhos dos poderosos voltavam-se para o alto.


Quem muito observa as pessoas da base, pensam alguns líderes pragmáticos, não conseguirá explorar as alturas. A torre de Babel não precisava de reboco nem tinta: seria revestida de alto a baixo pela pele de gente crédula, pintada por dentro e por fora com o sangue crente.
Quando alguém reivindica a legitimidade do seu poder citando suas construções tangíveis, ficamos a pensar: a liderança espiritual justifica sua legitimidade de que forma? A dúvida ocorre porque, nessa lógica, os líderes religiosos precisarão tornar suas obras espirituais em coisas concretas. Eis uma das nuances do pragmatismo: os resultados obtidos justificam tudo o que foi feito e legitima o poder daquele que coordenou as ações. Líderes personalistas pragmáticos mandam os entulhos para as periferias, onde aterrarão os caminhos escabrosos. Nada se perde. Cada coisa no seu lugar. A torre no centro; os entulhos, na periferia. E o líder no meio de tudo. Entre outras coisas, a torre é ótima para servir de referência de poder.
A linha divisória entre o pragmatismo personalista e a megalomania costuma ser tênue. Muita gente diz que Deus merece o melhor, enquanto alimenta seu próprio delírio de grandeza. Construtores que pouco se importam com as coisas criadas ou com as muitas pessoas que o ajudam a construir torres altíssimas só têm olhos para si mesmos. A altura da torre será proporcional ao tamanho do seu delírio. Ou seja, estamos falando de pessoas que agem em nome de Deus com sérios transtornos, com a percepção da realidade seriamente afetada.
Esse delírio assume sua força quando é embalado no discurso da fé. O apelo da fé é poderoso a ponto de transformar a razão em estupidez e tornar o delírio de um insensato em torpor coletivo. É o abuso de poder eclesiástico que torna crível o absurdo megalomaníaco. Babel era um monumento à insanidade de um povo sob uma liderança megalomaníaca. Nabucodonosor, então, vira um tipo comum – o sujeito cheio de poder que perde a sanidade. O muito já não basta.  “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade” (Daniel 4.30). Justiça seja feita: são poucos os líderes religiosos megalomaníacos que, à semelhança do senhor de Babilônia, declaram tão explicitamente que o muito que realizam destina-se à glória da própria majestade. Na tradição cristã, fica feio o discurso ufanista de exaltação própria; então, os“nabucodonosores” contemporâneos são mais refinados, para não falar dissimulados. Aí, vem a justificativa oficial: “Tudo isso é para a glória deDeus.”
Mas houve confusão. Em Babel, todos são estranhos! Confusão das línguas ou sobreposição de egos? Nas igrejas brasileiras, as divisões pouco ou nada têm a ver com métodos ou posições teológicas. Trata-se de disputas de líderes pragmáticos megalomaníacos. Mania de grandeza é confundida com visões divinas, enquanto, ao pé da torre ou nos jardins suspensos, o que se vê é uma feira de egos – e o que era para ser ponto de encontro vira lugar de desavenças. A obra mais visível em Babel eram as relações humanas destruídas. Em Babilônia, também se viam coisas feias – no meio do esplendor, desconfiança e ressentimento.  Daí, tudo fica dependendo da figura do líder. Enquanto ele for capaz de renovar seu carisma, o projeto permanece. Em Babel, na Babilônia ou no Brasil, como aferir se a obra de um é maior do que a de outro? Ora, através da comparação. Então, não basta construir algo admirável - é preciso construir o mais admirável: “Tornemos célebre o nosso nome”... As comparações desleais difamam as obras alheias.
Jesus, com muita frequência, dirigia-se às intenções dos líderes pragmáticos megalomaníacos do seu tempo. O Mestre jamais tentou erguer uma torre em Nazaré, ou uma cidade na Galileia. Os megalomaníacos ficaram desconcertados, uma vez que os termos das suas disputas foram ignorados e ridicularizados. Jesus era um líder sem a chave da porta do templo, e não vestia estola sacerdotal. Um de seus discípulos admirou-se: “Mestre! Que pedras, que construções!” Vale conferir a resposta em Mateus 13.1.
Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada...
Fonte: Cristianismo Hoje.  Colunas / Valdemar Figueredo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

E se Jesus fosse neopentecostal?



By Estrangeira
Se Jesus fosse neopentecostal,

não venceria satanás pela palavra, mas teria o repreendido, o
amarrado, mandado ajoelhar, dito que é derrotado, feito uma sessão de
descarrego durante 7 terças-feiras, aí sim ele sairia. (Mt 4:1-11)

Se Jesus fosse neopentecostal,

não teria feito simplesmente o “sermão da montanha”, mas teria
realizado o Grande Congresso Galileu de Avivamento Fogo no Monte, cuja
entrada seria apenas 250 Dracmas divididas em 4 vezes sem juros. (Mt
5:1-11)

Se Jesus fosse neopentecostal,

jamais teria dito, no caso de alguém bater em uma de nossa face, para
darmos a outra; Ele certamente teria mandado que pedíssemos fogo
consumidor do céu sobre quem tivesse batido pois “ai daquele que tocar
no ungido do senhor” (Mt 5 :38-42)

Se Jesus fosse neopentecostal,

não teria curado o servo do centurião de Cafarnaum à distância, mas o
mandaria levar o tal servo em uma de suas reuniões de milagres e lhe
daria uma toalhinha ungida para colocar sobre o seu servo durante 7
semanas, aí sim, ele seria curado. (Mt 8: 5-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria multiplicado pães e peixes e
distribuído de graça para o povo, de jeito nenhum!! Na verdade o pão
ou o peixe seriam “adquiridos” através de uma pequena oferta de no
mínimo 50 dracmas e quem comesse o tal pão ou peixe milagrosos seria
curado de suas enfermidades. (Jo 6:1-15)

Se Jesus fosse neopentecostal,

ele até teria expulsado os cambistas e os que vendiam pombas no
templo, mas permaneceria com o comércio, desta vez sob sua gerência.
(Mt 21:12-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, nunca teria tido para carregarmos nossa
cruz, perdermos nossa vida para ganhá-la, mas teria dito que nascemos
para vencer e que fazemos parte da geração de conquistadores, e que
todos somos predestinados para o sucesso. E no final gritaria:
receeeeeeebaaaaaa! (Lc 9:23)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele teria sim onde recostar sua cabeça
e moraria no bairro onde estavam localizados os palácios mais chiques
e teria um castelo de verão no Egito. (Mt 8:20)

Se Jesus fosse neopentecostal, Zaqueu não teria devolvido o que
roubou, mas teria doado seu ao ministério. (Lc 19:1-10)

Se Jesus fosse neopentecostal,

não pregaria nas sinagogas, mas na recém fundada Igreja de Cristo, e
Judas ao traí-lo não se mataria, mas abriria a Igreja de Cristo
Renovada.

Se Jesus fosse neopentecostal, não diria que no mundo teríamos
aflições, mas diria que teríamos sucesso, honra, vitória, sucesso,
riquezas, sucesso, prosperidade, honra…. (Jo 16:33)

Se Jesus fosse neopentecostal,

ele seria amigo de Pôncio Pilatos, apoiaria Herodes e só falaria o que
os fariseus quisessem ouvir.

Certamente, Se Jesus fosse neopentecostal, não sofreria tanto nem
morreria por mim nem por você… Ele estaria preocupado com outras
coisas. Ainda bem que não era.

Se Jesus fosse neopentecostal,

não teria prendido satan, mas pisado na cabeça dele por mil anos com
sapato de fogo

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CRISTIANISMO, O PIOR INIMIGO DO EVANGELHO.


Caio Fábio

O que o Evangelho, que significa BOA NOVA, pode trazer de boa noticia pra sua existência?

É verdade que quando as pessoas ouvem falar de Evangelho, elas associam logo isso a religião, aos templos, aos sacerdotes, aos pastores, as hierarquias, ao clero, as doutrinas, as mandingas espirituais oferecidas em nome de Jesus, os sistemas, as mecânicas, as barganhas com Deus, o toma lá dá cá (fazer a sua parte) que supostamente essa falsa divindade propõe as pessoas. É isso que as pessoas associam ao termo Evangelho. Mas o Evangelho não tem nada a ver com isso. Isso é um grande estelionato, talvez o maior estelionato da história da civilização humana.

É o que o cristianismo fez contra o Evangelho, que foi se apropriar dos termos, das nomenclaturas, de um monte de coisas, e usar essa terminologia pra construir uma coisa que usa o nome de Jesus, mas não tem nada a ver com Jesus nem com o Evangelho, ao contrario, nega o Espírito do Evangelho, nega a mensagem de Jesus.

Mas aí você diz, mas como pode negar a mensagem de Jesus se fala-se de Jesus o dia inteiro no meio chamado cristão.  Ora, preste bem atenção, é simples, meu nome é Caio, mas eu não sou meu nome, meu nome é que de fato é, eu.  O nome Caio, sem mim, não significa nada, ou significa qualquer outra coisa ou significa apenas o que o termo do nome Caio significa.

Vem do latim que significa alegria, bordão e cajado. Cada Caio que carrega esse nome empresta ao nome um novo significado. O meu nome não significa nada, a não ser que se esteja falando de mim. Do contrario é apenas uma conjunção de letras, C A I O, e nada mais. 

Com um significado no latim, e nada mais. Mas para se estar falando de mim, você não pode apenas usar esse nome, você tem de descrever uma pessoa, você tem de ser coerente com quem eu sou pra você pregar esse nome em mim com algum sentido, do contrario você estará apenas sendo um falsário, um estelionatário, um grande farsante, se utilizando de um nome gerando uma infâmia, gerando uma difamação, pegando o nome da pessoa, construindo um outro caráter e dizendo que aquela é a pessoa. Pois foi isso que fizeram com Jesus.

Esse é o grande estelionato. Usa-se tudo, a terminologia inteira se descreve como outra pessoa. Fala-se  no nome de Jesus o dia inteiro, mas não se descreve Jesus nunca. Nunca se apresenta Jesus as pessoas, só se fala no nome dele, a ponto que ele próprio disse “este povo, honra-me com os lábios, mas seu coração anda muito longe de mim”. 
Existem pessoas, em uma quantidade esmagadora, que passam quase todos os dias inteiros de joelhos diante desse NOME, Jesus, mas não diante da PESSOA de Jesus. Passam a vida inteira fazendo todas as suas apostas de crença nesse nome, Jesus, mas não sabem quem é a PESSOA que supostamente esta por trás do nome, ou então, tem uma idéia equivocada de quem seja a pessoa. Ai surge esse Jesus que a gente vê sendo vendido por ai.

Um Jesus que diz para o individuo que se ele for num determinado lugar e não der todo o dinheiro que tiver no bolso ele não esta dando uma demonstração de fé. Esse Jesus que diz que ele somente tem acesso a qualquer graça divina se der provas antecipadas e cabais, de preferência materiais (grana) a cerca do seu interesse do que esteja buscando e pedindo de Deus. 

Esse Jesus não é JESUS. Assim como se você dissesse que tem alguém por ai, parece comigo, que é a minha cara, mas faz o que eu não faço, diz o que eu não digo, vive como eu não vivo, ensina o que eu não ensino, você estará falando de outra pessoa, supostamente falando de mim, mas de mim não é.  Assim como tem essa quantidade enorme de pessoas falando de um Jesus que JESUS não é. Não tem nada a ver com ELE.

Por uma única razão, toco nesse assunto, desde muito tempo, estou cada dia mais convencido, que o CRISTIANISMO, de fato é o pior inimigo que o EVANGELHO já teve. Você pode ficar chocado, mas como? Todo mundo fala bem de Jesus no cristianismo. Fala bem do nome de Jesus, mas acabaram com JESUS. Destruiram JESUS, criaram um Jesus de ídolo, uma construção de conveniências, uma construção humana. Esse Jesus, que se prega por ai, já foi reciclado em todas as partes, países e sistemas econômicos. 




terça-feira, 19 de julho de 2011

ESTUDO SOBRE JEJUM


Texto Base: Isaías 58.  Versículos 03 e 04:
“...dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto.”   — Almeida Revista e Atualizada

Existem pessoas que ousam chegar-se junto a Deus, exigindo de sua parte uma resposta, mas não tem compromisso nenhum com os preceitos mais caros a nosso Senhor.

O versículo três começa com uma realidade terrível: há quem utilize o jejum ou outras formas de devoção religiosa como moeda de troca com Deus. E essa é a primeira coisa que o texto de Isaías nos ensina sobre o que não é jejum. 

Jejuar não é uma forma de barganha espiritual. Deus não vai nos ouvir ou deixar de nos ouvir se jejuamos ou não. 

O jejum não abre os céus para que tenhamos uma atenção especial do Senhor. É justamente essa motivação errada que o autor dessa passagem começa atacando.

Jesus narra, Lucas 18.9-15, uma parábola sobre dois homens que subiram pra orar no templo: um fariseu e outro publicano. O fariseu se gabava de todos os seus feitos, inclusive o jejum, que realizava duas vezes por semana. Era uma oração orgulhosa, e o pior, era realizada no íntimo, oculto de todos, com exceção de Deus. Era grato por dar o dízimo de tudo quanto ganhava. Por outro lado, o publicano nem ao menos chegou perto do templo tamanha vergonha, “nem ousava olhar para o céu”. Apenas dizia: “Deus, tem misericórdia de mim que sou pecador.” 

Os publicanos era odiados por todo o povo (por exemplo, em Mateus 9.10,11). Eles eram cobradores de impostos. Os judeus consideravam o dinheiro vindo de um cobrador como impuro, tanto que nem o dízimo podiam dar, ao contrário do fariseu que se orgulhava disso. Jesus, ao fim, disse que o publicano, e não o fariseu, fora justificado pela sua humildade, pois “quem se humilha será exaltado”.

Na época de Isaías muitos estavam jejuando como se fosse uma disputa (a palavra hebraica para contenda é riyb, Strong, nº 07379, e quer dizer contenda, controvérsia, disputa) de quem agüentava mais tempo sem comer, ou ainda quem obtia mais bençãos do Senhor. Quando jejuavam, não faziam mais nada, exigiam que outros fizessem seus trabalhos. Muito interessante que a parábola narrada pelo Senhor Jesus se assemelha ao contexto de Isaías. Pessoas querendo parecer mais justas e santas, melhores que as demais. No fim do versículo 4, Deus fala que jejuando dessa forma, “não se fará ouvir a vossa voz do alto”.

Mas para que servia o Jejum em Israel? Em toda a Lei, ou Torah, entregue por Deus a Moisés (e que compreende os primeiros cinco livros de nossas Bíblias), não há uma única referência as palavras hebraicas para jejum, a saber os radicais: tsum, o verbo e tsom, substantivo. Suas traduções são praticamente literais, não querem dizer outra coisa a não ser abster-se de alimento. 

Mas encontramos em Levítico 16.29,31 uma indicação do que seria um jejum nacional: 
“E isto vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas, e nenhum trabalho fareis nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós.
Porque naquele dia se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados perante o SENHOR. É um sábado de descanso para vós, e afligireis as vossas almas; isto é estatuto perpétuo” – Almeida Corrigida e Fiel.

Todo o capítulo dezesseis do livro de Levítico é extremamente interessante do ponto de vista da História da Salvação. Ele estabelece que, em Israel, anualmente o Sumo Sacerdote devia entrar no Santuário do Senhor e oferecer um sacrifício pelos pecados de todo o povo. Assim eles estariam puros e sem culpa diante de Deus. É como se fosse uma prévia do que Jesus faria em nossas vidas. O livro de Hebreus nos diz que Jesus é um “Sumo Sacerdote Eterno, Único e Perfeito” (Hebreus 7.20-28). Afirma também que, de uma vez por todas, podemos entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus (10.19-22). 

Mas o que tem a ver o texto de Levítico e os de Hebreus com o jejum? É que os judeus passaram a interpretar uma expressão contida no texto de Moisés como sinônimo de Jejum. Trata-se de inah nafsho, que nossas Bíblias traduzem por “afligir a alma”. 

A raíz etimológica de inah, (ou afligir), quer dizer estar ocupado, estar atarefado com, humilhar-se, enfraquecer algo (Strong, nº 6031). Por causa do sentido de enfraquecer interpretou-se aí um jejum nacional, onde todos se prostravam diante de Deus, arrependidos pelos pecados cometidos durante o ano que se passou. É a raiz de inah a palavra por trás de “nos humilhamos” no texto que escolhemos para Isaías 58.3.

Ligando Levítico com Isaías, vemos que uma das funções do Jejum no Antigo Testamento era a purificação anual de pecados. Nós, que cremos em Cristo Jesus fomos, de uma vez por todas, santificados por seu sangue, como aprendemos no texto de Hebreus. Isso nos ensina mais uma coisa que, definitivamente, não é jejum: condição para salvação. Pela graça somos salvos (Efésios 2.8), pela Palavra de Deus somos purificados, limpos de nossos pecados (João 15.3). Fomos santificados, lavados e tornados justos diante de Deus simplesmente através do nome de Jesus Cristo (1ª Coríntios 6.11). 

Vamos tentar resumir: Segundo o texto de Levítico, o Jejum servia para a purificação dos pecados do povo judeu. Através de Cristo o pecado foi de uma vez por todas derrotado, e os nossos são perdoados
unicamente pelo sangue de Jesus, logo não é bíblico pregar que o jejum serve para a santificação ou purificação de pecados como muitos quando não dizem diretamente, deixam no ar como verdade e acabam gerando heresia.

Trazendo o texto de Isaías para nossa realidade, é errado buscar santidade através de um ritual, por mais sincero que ele seja. Só uma real entrega à pessoa do Senhor Jesus e total obediência as suas ordens, expressas na Palavra de Deus, podem nos levar a santificação. Sobre isso nos diz o autor do livro de Hebreus: 
“A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a sua realidade. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. [...] Contudo, esses sacrifícios são uma recordação anual dos pecados, pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados. Por isso, quando Cristo veio ao mundo, disse: “Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste.

Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito ao meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus”. Primeiro ele disse: “Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste, nem dela te agradaste” (os quais eram feitos conforme a Lei). Então acrescentou: “Aqui estou; eu vim para fazer a tua vontade”. Ele cancela o primeiro para estabelecer o segundo. Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido de uma vez por todas” – Hebreus
10.1,3-10, Nova Versão Internacional.

Ou seja, é o cumprimento da vontade de Deus que nos torna santos diante dele. É a obediência que nos faz chegar diante de sua presença, ouvir e ser ouvido. Era justamente essa a reclamação do povo que Isaías se preocupa em retalhar. 

No versículo três eles alegam não ter respostas da parte de Deus, e Deus se defende dizendo que durante o jejum o povo se preocupa apenas com seus próprios interesesses. 
“Faze-me justiça, Senhor, pois tenho vivido com integridade.” Salmo 26.1 — Nova Versão Internacional

“Mas o Senhor protege aqueles que o temem, aqueles que firmam a esperança no seu amor, para livrá-los da morte e garantir-lhes a vida, mesmo em tempos de fome.” Salmo 33.18-19 — Nova Versão Internacional

“O Senhor está perto de todos que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.” Salmo 145.18 — Nova Versão Internacional

É lindo ver, no livro de Salmos, as muitas passagens em que os autores clamam a Deus usando sua maneira de viver como argumento para serem ouvidos. Não eram palavras vãs, mas uma vida íntegra, de obediência, sinceridade e submissão à vontade do pai. É desses que Deus está perto, é daqueles que O temem que Ele protege!

A lição que aprendemos hoje é bastante simples: somente através de uma vida reta, um comportamento obediente, seremos santos e teremos condições de sermos ouvidos por Deus. 

Não importa o que seja feito, um jejum, uma grande oferta, um sacrifício por maior que seja, nada disso pode nos aproximar do Pai, nada além de nos tornarmos iguais a seu amado filho Jesus Cristo.

Seus amigos e irmãos em Cristo Jesus: Emerson e Emanuel.
Curitiba: Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008.

sábado, 21 de maio de 2011

O Mundo não acabou, e agora? O PIOR MODO DE ASSASSINAR A INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


A pior das incompetências na interpretação das Escrituras Sagradas ocorre, não quando erramos por desconhecer o contexto, não quando achamos que pudesse ser daquela forma, não quando repetimos os erros dos outros – todos esses erros graves. A pior das incompetências ocorre quando se parte para o texto com um pressuposto ou uma teologia prontos e, então, faz-se um exercício intelectual, malabarístico, para adequá-los ao texto bíblico. Vivi fazendo isso por 17 anos, quando pertencia a uma seita perita em fazer isso.

Imagine um grupo exclusivista de pessoas que se reuniram para prever a volta de Jesus para uma data X. Mas Jesus não veio nessa data.  Então, para que a auto proclamação de única verdade não caia por terra diante do fiasco, constroi-se uma história de erros interpretativos para adequar o ocorrido a textos bíblicos, na tentativa desesperada de camuflar o erro.

Pense nesse mesmo grupo reunindo-se a portas fechadas, orando ao deus que creem, para que os ilumine, para poderem dar uma justificativa à falsa profecia não cumprida. Então, olham para Provérbios 4:18. Ali lê-se que o caminho dos justos é como uma luz que brilha mais e mais até ser dia. Eureca! Erramos porque a luz não havia brilhado! Desconsiderando que o texto de Provérbios 4:18 não foi escrito com o fim de justificar erros de interpretação, encostam-se no que lhes importa e lhes convém: Uma horripilante interpretação que explicaria o porque do erro. Quem manda a luz? Deus. Assim, a culpa não foi nossa, mas de Deus que não nos mostrou ainda a verdade.

Daí, a mente desesperada sectária, bem ou má intencionada, depois de anos preganda a data X para o suposto retorno de Cristo, que não aconteceu, não se conforma. “Será que não teríamos acertado a data, mas errado o acontecimento?” Obviamente, o mau êxito precisa de uma fabulosa explicação, com remanejamentos ou, se preferir, novos lampejos de luz divina. E nada melhor do que ensinar: “A data estava certa, mas o acontecimento errado”. Mas qual teria sido o acontecimento correto, evidente? No lugar desses sectários, não seria melhor escolher um acontecimento espiritual, invisível, para que pelo menos aqueles que pedem uma explicação para o fiasco se contentem entre aspas? Óbvio, Jesus veio na data X, mas não visivelmente. Invisivelmente é a solução.

Daí, com a resposta nas mangas, a teologia está pronta. Na data X, Jesus retornou espiritualmente. “Vocês não viram? Não? Sabem por que não? Porque não tiveram discernimento! Porque as igrejas de vocês estão perdidas, e só nós estamos certos, a final, reconhecemos que erramos em parte.” Malandros! Tal teologia pronta precisa agora explicar por que quando Jesus volta, segundo a Bíblia, “todo olho o verá”. Mas se voltou espiritualmente, como todo olho pode ver este acontecimento? A saída é reinterpretar o substantivo “olho”, como “olhos do discernimento”. Sim, “agora eu vejo”, é a arte da súcia. “Você não viu? Agora eu vejo!” Mas será que todo olho viu a volta invisível de Jesus? Não, somente eles. Então, a teologia pronta precisa alterar o significado de “todo”: Toda aquele que pertence à nossa organização religiosa.

A teologia pronta vai gangrenando aos poucos mais versículos, e uma putrefação generalizada vai matando o bom senso. Se ele voltou invisivelmente, mas não acabou com a maldade, então ele apenas começou a agir, não aqui, mas lá no ceu. Eureca! Na data X ocorreu uma grande guerra mundial, então, Jesus tornou-se Rei empossado nessa data e expulsou Satanás do ceu, por isso que houve a Primeira Guerra Mundial. Pobre Jesus. Estamos em 2011, e ele não reina nem há cem anos ainda!

A história dessas aberrações poderia virar um livro chamado: A Gangrena na Hermenêutica e Exegese bíblicas. Mas não são homens sinceros, dedicados ao estudo bíblico, desejosos de interpretar corretamente as Escrituras? Dizem que o inferno está cheio de boas intenções. A maldita mania de exclusivismo religioso separa as seitas de Deus, que escolhe pessoas, não placas religiosas.

Por fim, a seita acaba marcando outras datas, Y e Z. Cansaram de errar, e aprenderam com a gente, os cristãos, a não fazerem mais falsas profecias (chamam de falsas expectativas para camuflar a safadeza). Adequados agora à nossa teologia cristã óbvia, não prevêm mais datas para a volta de Cristo, mas para não dizer que aprenderam conosco, afirmam: “Nesse assunto, a luz brilhou de vez!” Daí, eu pergunto: Que porcaria de deus seguem, que os deixa errar como falsos profetas, sem lhes ter dado discernimento para encontrar nas Escrituras o óbvio: “Ninguem sabe o dia e a hora”. (Mateus 24:36) Quer recebê-los em sua casa aos domingos de manhã? Você decide.

Fernando Galli 

terça-feira, 10 de maio de 2011

10 dicas: Como identificar um culto a Baal


Se você é cristão, mas não tem por hábito ler aquilo que faz responder como tal, certamente pode achar que aqui vai invencionice de um editor de blog que é confuso já no nome.

Certa vez houve uma religião que veio contaminar a crença judaica, a única força de defesa em Israel, e o resultado disso foi o início da total bancarrota daquela nação. Embora vivamos numa sociedade que procura mostrar que Deus é um detalhe totalmente dispensável na grande maioria dos assuntos e setores, um cristão – por ser historicamente assim – nada contra a maré, e portanto, sua força está centrada no culto – agora – pessoal a Deus.

Como previsto pelo próprio livro dos cristãos, a atual multiplicação de conhecimentos do fim dos tempos acontece de uma forma jamais imaginada, trazendo insegurança e confusão sobre o que é e o que não é de Deus. Resolvi trazer algumas dicas sobre o procedimento de um culto a Baal, embora possa existir semelhanças no culto a Jesus. Talvez a tal religião citada não esteja tão extinta assim:

1º  Quanto mais, mais eficaz:
O lema de seus cultuadores é quantidade. 400 profetas, 300 sacerdotes, sumo sacerdotes e uma hierarquia infinita de pessoas e cargos. A intenção é mostrar aos seguidores que o tal deus terá que atender as requisições impostas, abrir as comportas do céu, sendo que no topo desta torre, deverá haver o suprassumo dos religiosos da entidade. Afinal de contas, são centenas de pessoas com o mesmo pensamento positivo, e deus fica sem saída, que não seja obedecer as petições, independente do que se requisite ou que propósito mesquinho vai atras daquele clamor. Para cristãos, 2 ou 3 são suficientes(e uma dessas “pessoas” pode ser a Terceira).

2º Baal que se preze, tem sua Jezabel:
Não confunda a personagem com o esteriótipo. “Jezabeis” podem ser homens, mulheres, ou até mesmo casais. Eles empesteiam as lideranças de seus templos com propostas das mais indecentes, em nome do crescimento da religião. Normalmente, correm por fora: gostam de ser o braço direito de líderes honestos, se predispondo a dar qualquer ajuda. Gradativamente, serão “elas” que estarão ditando regras na comunidade, com distorções que podem variar de acordo com sua vaidade. É comum vê-las perseguindo um ou outro dentro das comunidades, e usar seu status alcançado para fazer pesar a mão sobre o desavisado membro (que continua acreditando que está num culto cristão).

3º Melhor efeito quando misturado:
Cultos a Baal podem ser facilmente confundidos com cultos a Jeová, já que o princípio religioso é basicamente o mesmo:”Tenha fé!”, ”Adore ao Senhor!(tradução literal da palavra cananéia)”...

Eles usarão muitos versículos da bíblia. Tenha certeza disso! (você nem sabe quanto ama a Palavra. Por isso, eles misturam. Caso contrário, você não se interessaria)

A imposição de regras e promessas se confundirão gradativamente com a verdadeira vontade de Deus, já que Profetas de Baal proliferam melhor em ambientes onde o seguidor de Jeová é ralo em seu conhecimento nas Escrituras. Ele tende a apresentar “melhoras cultuais” como uma novidade que melhorara o que chama de “as chatas celebrações ao Eu Sou”.

4º  Baal exige sacrifícios físicos:
Mutilações, flagelos, ativismo, cansaço durante prolongadas horas de mantras e cânticos, fazem parte da adoração ao deus cananeu. Não espere que a presença de baal se faça, apesar de tamanho esforço – isso não acontecerá – por que sua fé nunca será suficiente para agradar aos seus caprichos. Ele, Baal, é misterioso e nunca parece estar satisfeito: Ora, manda o benefício, ora, retém, caprichosa e injustamente, sem jamais se dispor a explicar nada. Oras! Ele é um deus e não tem que dar satisfação a seus adoradores!

5º Baal é um deus sexual
Postes ídolos, ou baalins, são símbolos fálicos. Curto e grosso? são imensos postes em formato de pênis. Segundo a crença, esses postes fecundam Astaroth (Rainha dos Céus. Conhece o termo?) que enviam suas bençãos aos seus filhos.

Na época, numa sociedade agrícola, nada mais desejado para terra árida como o oriente médio do que chuva “fecundada” em abundância. Baal trazia essa promessa. Sua sacerdotisa, e rainha de Israel, cultuava o sexo como forma de adoração, e seu poder e persuasão estava baseado nisso. Templos a Baal tem a sexualidade como algo sagrado, valorizando-a, impondo regras confusas, castrando e impondo-a, questionando intimidades, ao contrário de um cristão, que sabe que pecados sexuais não são tão graves como, por exemplo, a soberba e a falta de perdão.

Baal valoriza mais o sexo, e os pecados éticos e morais são perfeitamente aceitos, o que nos leva a próxima dica...

6º  Valores morais podem ser ignorados se é para um bem maior.
Acabe certa vez foi convencido por sua rainha-sacerdotisa-prostituta que ela solucionaria o problema de um proprietário que se recusava em vender um terreno que estava interessado. Inventou uma mentira tão hedionda, que provocou a morte daquele homem, o que o rei teve como aceitável.

Nas igrejas de Baal é comum vermos membros "menores" sendo esmagados por lideranças caprichosas. É para isso que Jezabel está lá: Se existe uma necessidade dos que estão no topo da pirâmide, um membro de base pode ser enganado, extorquido, roubado e ignorado. Entre cristãos, até viúvas e orfãos tem o mesmo valor dos mais abastados.

7º  Baal se não é surdo, é mudo.
Religião que se preze não tem interação da parte do deus que é cultuado. Embora seja declarado como UM poderoso deus, pode ser considerado surdo, para não ser chamado de mudo. Caso contrário, é perverso, ou o mais óbvio: não está “lá”.

A grande diferença nas religiões é que o Deus cristão tem tanto prazer em interagir com sua criação que se fez homem, e sabe exatamente o que sentimos, dispensando o uso de grandes sacerdotes e profetas especializados. Baais e Astaroths não interagem, seus sacerdotes explicam que eles nos ouvem porque estão em silêncio, ensinam que não fazem por não terem a oferta certa, e quando a oferta é certa, sua fé foi pouca.

8º A relação é sempre mercenária:
Seu lema é bíblico: “dê, e deus te devolverá mui grande medida sacudida e transbordante” e está embasada em plantações para este mundo. Você cultiva 100 dólares e terá 200 dólares. Você investe X, e terá X+. Sempre. Você faz sacrifícios, paga sua prestação onde eles estabelecerão que será a “nova casa do tesouro”(usando a regra teocrática de impostos para a Israel de 2000 anos atrás, quando o templo de Jerusalém ainda existia) e terá em troca o seu bem tão aguardado.
É toma lá, dá cá: Ofertou, recebeu.

O Deus cristão, embora possa transformar uma pequena bolha de vapor em uma tempestade capaz de solucionar anos de seca, não fará o que Baal propõem. Ele não se compromete com os entendimentos pessoais nos quais os servos de Baal garantem que serão cumpridos como termos de um contrato.

Entenda: Deus poderia fazer - materialmente falando – 100 vezes mais do que qualquer homem pudesse inventar em um deus que distribui bens e riquezas. Mas só porque alguém inventou que Deus faz, Ele não se obriga a fazer, mesmo que Jezabel tente convencê-Lo que desta forma seria melhor. Ele não cede a tentações, mesmo que o diabo em pessoa surja em seu momento maior de fraqueza humana.

9º  Em Baal, não há arrependimento.
Arrependimento é coisa de cristão. Esqueça de esperar que um discípulo de Baal recue, mesmo quando você provar, comprovar e re-comprovar que ele está no erro. Mesmo após derrotá-lo, mostrando o poder do verdadeiro Deus, ele será capaz de ameaçar o mais fiel dos crentes(mesmo os que já viram Deus em pessoa) dizendo que não foi derrotado, e prometerá sua destruído. Duvida? Pergunte a Elias, o profeta...

10º  Divisão e omissão:
Como já foi dito, o sistema hierárquico religioso é ideia do deus cananeu, mas além de dar a ideia de “castas” superiores e inferiores, existe uma outra função excelente: Você pega um casal, irmãos, amigos e os coloca em funções diferentes, tornando um superior e o outro, inferior, destruindo gradativamente a relação destes pares.

Fica mais fácil para seus sacerdotes manipularem individualmente. Qualquer cristão sabe que uma pessoa não deve andar só, já que quedas imprevisíveis devem ser consideradas na nossa rota.

Sacerdotes de baal usam essas quedas como prova de inferioridade das castas. E aí você pergunta: O que fazer quando um “superior”(que nada mais do que um ser humano com qualidades e defeitos, iguais a todos os outros) vier a cair? Simples; omita a queda. Quanto mais alto for o cargo entre os baalins, mais segredos esse suprassumo terá (até que torne um cínico, e acredite que sua posição proporciona que minta desta forma. Certamente, morrerá doente com doenças psicossomáticas).

Zé Luis, vulgo cristão confuso,  postou no Genizah.

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