sábado, 11 de dezembro de 2010

DISCÍPULOS OU PROSÉLITOS ?

Por Bruno Saavedra


Há cristãos que são partidários aguerridos, que defendem com unhas e dentes aquilo que acreditam ou aquele grupo do qual fazem parte. Esse tipo de seguidor é aquele buscado pelos fariseus mencionado por Jesus em Mateus 23:15:


Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorrem terra e mar para fazer um convertido e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes mais filho do inferno do que vocês




A versão J.F. Almeida Revista e Atualizada usa o termoprosélito, em vez de convertido. Prosélito vem do grego proselutos e significa “aquele que chegou, estranho” (Dicionário Vine). Em contraste, encontramos outro termo no Novo Testamento: discípulo. Este termo ocorre ocorre 257 vezes no Novo Testamento. Segundo o Easton’s Bible Dictionary, um discípulo de Cristo é alguém que (tradução nossa):
Acredita nos ensinos de Cristo, crê em seu sacrifício, recebe seu espírito e imita seu exemplo.

Proselitismo versus discipulado


A diferença nítida entre um prosélito e um discípulo, a meu ver, é sua disposição em aprender. Um prosélito (a partir da acepção de Mateus 23:15) tem fé cega. Segue alguém sem questionamento e seu mestre gosta disso. É um indivíduo que crê somente, tem pouca disposição em questionar. Vê em qualquer atitude de questionamento e dúvida uma atitude de rebeldia. Partidos políticos gostam de prosélitos (vulgo militantes). Verdadeiros mestres não.


Verdadeiros mestres gostam de discípulos. Discípulos são aqueles que têm sede de conhecer. Questionar não é visto como rebeldia, mas como a busca sincera de um coração que quer a verdade. Discípulos são alunos, amam aprender e vivem buscando formas de praticar a justiça.


Jesus nos mandou buscar discípulos (Mateus 28:19).


Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo
Jesus não nos enviou a conquistar prosélitos. Jesus não quer em sua igreja “vaquinhas de presépio” ou “papagaios de pirata”. Ele deseja que aqueles que O seguem sejam alunos e professores ao mesmo tempo. Jesus quer ver seus filhos como leitores atentos de Sua Palavra e não seguidores cegos de lideranças religiosas que só sabem manipular suas mentes e seus corações. 


O Senhor deseja homens que pratiquem a justiça, amem a fidelidade e andem com Ele em humildade (c.f. Miquéias 6:8).



O exemplo dos bereanos
Um exemplo muito claro de discipulado real foi aquele encontrado na cidade de Beréia. Ora, os bereanos não eram melhores que quaisquer outros povos que receberam o evangelho. Contudo, ao entrarem em contato com os mensageiros de Cristo, não acreditaram prontamente neles. 


Antes duvidaram e isso não foi visto como rebeldia, mas como a busca sincera pela verdade. A disposição de buscar informações para validar o que ouviam foi tamanha que foram dignos de um elogio registrado na Escritura (Atos 17:11). Eles foram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo. 


Quando vejo, em algumas igrejas, pessoas muito mais dispostas a seguir um líder ou um ensinamento apregoado e não verificar se as coisas são de fato como se afirma ser, entristeço. Não acredito que uma vida cristã consistente pode ser conseguida a partir da acomodação. 


Como podemos defender algo de maneira equilibrada e serena se pouco se analisou aquilo que dizemos acreditar? 


Frases como “Meu pastor disse isso, então acredito” ou “Minha igreja pensa assim, logo deve ser verdade, pois tantas pessoas não podem estar enganadas...” me entristecem. Não era isso que Jesus queria. Ele não quer meros seguidores desprovidos de senso crítico. 


Não me parece Sua vontade ter seguidores prontos a aceitar sem questionar o que lhes é pregado (imposto?). Não se acanhe diante de um “falso líder” ou “falso profeta” interessado única e exclusivamente em arrebanhar mais ovelhas para sua congregação (e aumentar suas ofertas). 


Estude, leia, pesquise, conheça. Adote o “ceticismo de Beréia”.


 Não queremos dizer que você deve duvidar de tudo, mas enfatizar que um discípulo de Cristo toma uma posição esclarecida com relação à igreja e em relação à Palavra de Deus.


Bruno Saavedra, via e-mail, para o Púlpito Cristão

terça-feira, 7 de setembro de 2010

DIGA ADEUS AOS PREGADORES INTOCAVEIS


Deus está sacudindo a Sua Igreja e está removendo a corrupção.
Mas nós compartilhamos a culpa por dar aos charlatões um púlpito.



Al Capone controlou tudo em Chicago de uma so vez . Em 1920 o notório gângster, subornou o prefeito da cidade, comprou a polícia e, acima de todos, presidiu como rei em um império de cassinos, gravadoras e operações de contrabando. Durante anos  ele evitou as balas e viveu acima da lei — e ganhou o apelido de "intocável" porque ninguém o podia levar a justiça.



Finalmente, antes de   ir para prisão em 1932, Capone justificou seus crimes dizendo: "Tudo que eu faço é satisfazer a uma demanda pública." Ele não assumiu responsabilidade pela dor que causou porque ele sabia que os prefeitos, policiais, líderes de comunidade e contrabandistas o apoiaram todo o tempo .



Não existe maneira pelo qual nós podemos saber quantos incrédulos rejeitaram o evangelho porque viram uma igreja que apoiava curandeiros que se vangloriavam, mentiam, lisonjeavam, subornavam, roubavam e em prantos imploravam ao modo deles, nossas vidas — enquanto isso, nós os aplaudíamos e lhes enviávamos dinheiro. 

Eu odeio comparar qualquer ministro de Deus com um gângster. Mas a triste verdade é essa, hoje há um punhado (bem, talvez mais) de pregadores sem escrúpulos que compartilham a maioria das características asquerosas de Al Capone.

Eles são notoriamente gananciosos. Eles são os mestres da decepção e da manipulação.

Eles adquiriram esse jeito na subcultura religiosa carismática e usam sua habilidade hipnótica e misteriosa para controlar as principais redes de TELEVISÃO Cristãs.



E, como Capone, os seus dias estão contados. A Justiça os alcançará logo.



Estes falsos profetas provavelmente começaram com uma chamada genuína de Deus, mas o sucesso os destruiu. Eles desviaram-se da verdadeira fé por fama e dinheiro, e quando os seus ministérios cresceram rapidamente eles bolaram um jeito para manterem suas máquinas (de ganhar dinheiro) andando.

Agora, no meio da Grande Recessão, Deus os está cercando.



Mas antes de nos alegrarmos porque estes impostores estão sendo afastados dos seus púlpitos e tirados fora do ar (TVs), apertemos o botão de pausa e reflitamos. Como estes falsos pastores alcançaram tal fama? Isto não poderia ter acontecido sem nossa ajuda.



Nós acreditamos neles! Quando disseram: "O Senhor lhe promete riqueza sem medida se você simplesmente doar agora mesmo mil dólares", nós fomos aos telefones e fizemos as doações em nossos cartões de crédito.  Deus nos perdoe.



Nós não tivemos nenhum discernimento. Quando eles disseram: "eu preciso de seu sacrifício hoje, assim eu posso consertar meu jato privado", nós não questionamos porque um servo de Deus não era humilhe bastante para voar a uma nação do Terceiro Mundo em classe econômica?  Deus nos perdoe.



Nós fomos tolos. Quando foi revelado que eles estavam vivendo em imoralidade, maltratando suas esposas ou povoando cidades com crianças ilegítimas, nós escutamos a desculpa deles em vez de exigir que aqueles líderes de ministério agissem como cristãos.   Deus nos perdoe.

Nós fomos ingênuos. Quando eles imploraram por mais 2 milhões de dólares em doações por causa de um déficit de orçamento, não nos sentíamos confortáveis para perguntar por que eles estavam daquele apartamento de hotel de 10 mil dólares por noite?



Na realidade, se nós questionássemos isto, outro cristão diria rápido, não critique! A Bíblia diz, “Não toque no ungido do Senhor! “   Deus nos perdoe.

Nós tratamos estes charlatões como Al Capone — como se eles fossem intocáveis — e como resultado a corrupção deles se esparramou por todas as igrejas carismáticas como uma praga (peste).

Nosso movimento esta sendo corroído com materialismo, orgulho, decepção e pecado sexual porque nós tivemos medo de chamar este Bozos (palhaço americano que originou o Bozo brasileiro) isso que eles realmente são — inseguros, egoístas, egocêntricos e emocionalmente desequilibrados.

Se nós tivéssemos aplicado discernimento bíblico a muito tempo atrás nós poderíamos ter evitado esta bagunça.



Quando os cristãos bem-intencionados citam que 1Crônicas 16:22 (não "toque em meu ungido, e não faça a meus profetas nenhum dano", NASB) encobrindo a corrupção ou charlatanice, eles fazem uma horrível injustiça a Bíblia. Esta passagem não nos exige que fiquemos quietos quando um líder estiver abusando do poder ou enganando pessoas.

Pelo contrário, nós somos chamados para confrontar pecado em um espírito de amor e honestidade — e nós não estamos mostrando amor certamente para a igreja se nós permitirmos o Al Capone carismático de nossa geração corrompe-la .

J. Lee Grady, editor contribuinte de Carisma e autor do livro “O Espírito Santo não está à venda.”  Siga no Twitter como leegrady.



"Diga adeus aos pregadores intocáveis"

Say Goodbye to the Untouchable Preachers


Wednesday, 04 August 2010 09:12 AM EDT Felicia Mann Newsletters - Fire In My Bones

God is shaking His church and removing corruption. But we share the blame for giving charlatans a platform.

Al Capone once controlled all of Chicago. The notorious 1920s gangster bribed the city's mayor, bought the police and presided as king over an empire of casinos, speakeasies and smuggling operations. He dodged bullets for years and lived above the law—and earned the nickname "untouchable" because no one could bring him to justice.

Before Capone finally went to prison in 1932, he justified his crimes by saying: "All I do is satisfy a public demand." He didn't take responsibility for the pain he caused because he knew mayors, policemen, community leaders and bootleggers supported him the whole way.

"There is no way we can know how many unbelievers rejected the gospel because they saw the church supporting quacks who swaggered, bragged, lied, flattered, bribed, stole and tearfully begged their way into our lives—while we applauded them and sent them money."

I hate to compare any minister of God to a gangster. But the sad truth is that today there are a handful (well, maybe more) of unscrupulous preachers who share some of Capone's most disgusting traits. They are notoriously greedy. They are masters of deception and manipulation. They have bought their way into the charismatic religious subculture and used their uncanny hypnotic ability to control major Christian TV networks.

And, like Capone, their days are numbered. Justice will soon catch up with them.

These false prophets probably all started out with a genuine call from God, but success destroyed them. They were lured away from true faith by fame and money, and when their ministries mushroomed they resorted to compromise to keep their machines rolling. Now, in the midst of the Great Recession, God is closing in on them.

But before we rejoice that these imposters are being removed from their pulpits and yanked off the airwaves, let's hit the pause button and reflect. How did these false preachers ever achieve such fame? It couldn't have happened without help from us.

We were the gullible ones. When they said, "The Lord promises you untold wealth if you will simply give a thousand dollars right now," we went to the phones and put the donations on our credit cards. God forgive us.

We were the undiscerning ones. When they said, "I need your sacrificial gift today so I can repair my private jet," we didn't ask why a servant of God wasn't humble enough to fly coach class to a Third World nation. God forgive us.

We were the foolish ones. When it was revealed that they were living in immorality, mistreating their wives or populating cities with illegitimate children, we listened to their spin doctors instead of demanding that ministry leaders act like Christians. God forgive us.

We were the naïve ones. When they begged for $2 million more in donations because of a budget shortfall, we didn't feel comfortable asking why they needed that $10,000-a-night hotel suite. In fact, if we did question it, another Christian was quick to say, "Don't criticize! The Bible says, ‘Touch not the Lord's anointed!'" God forgive us.

We have treated these charlatans like Al Capone—as if they were untouchable—and as a result their corruption has spread throughout charismatic churches like a plague. Our movement is eaten up with materialism, pride, deception and sexual sin because we were afraid to call these Bozos what they really are—insecure, selfish, egotistical and emotionally dysfunctional.

If we had applied biblical discernment a long time ago we could have avoided this mess. There is no way we can know how many unbelievers rejected the gospel because they saw the church supporting quacks who swaggered, bragged, lied, flattered, bribed, stole and tearfully begged their way into our lives—while we applauded them and sent them money.

When well-meaning Christians quote 1 Chronicles 16:22 ("Do not touch My anointed ones, and do My prophets no harm," NASB) to cover up corruption or charlatanism, they do horrible injustice to Scripture. This passage does not require us to stay quiet when a leader is abusing power or deceiving people.

On the contrary, we are called to confront sin in a spirit of love and honesty—and we certainly aren't showing love to the church if we allow the charismatic Al Capones of our generation to corrupt it.

J. Lee Grady is contributing editor of Charisma and author of the new book The Holy Spirit Is Not for Sale. Follow him on Twitter at leegrady.

Read more: http://www.charismamag.com/index.php/fire-in-my-bones/29039--say-goodbye-to-the-untouchable-preachers#ixzz0ysAQ0iQN
 
Traduzirei logo para aqueles que quizerem, mais tarde...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

OS 'UNGIDOS' PROPAGADORES DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE.

A idéia principal é de um ser espiritual fora do contexto de igreja de Cristo. Espiritualizações sem Escritura que a sustente, dá nisso.

Essa tal de unção financeira só funciona excelentemente para eles, os inventores, tal qual aquelas correntes e pirâmides que aparecem principalmente em tempos de crise financeira global, em que quem se enriquece são somente os primeiros a entrar no esquema.

O "esquema" deles é melhor ainda, pois não investem nada, só usam o capital alheio.

Sempre destilam a (falsa) idéia de um "super-ser" e acham que foram elevados ao status de "gurus ungidos" com a "última revelação dos últimos dias", (parecida com a última coca-cola gelada no deserto do Saara).  Ou ainda passam a ideia de que somente eles possuem o "segredo da última hora" que lhes foi revelado por "deus".

Iludem enganosamente dando a impressão de que atingiram uma "aura" de santidade, de "iluminação", numa espécie de elite espiritual, que acirra a luta de classes entre os “mais” espirituais e os “menos” espiritualizados.

O poeta Fernando Pessoa escreveu : “Estou farto de semideuses“. E hoje diria: “Onde estão os pastores normais?”. A promessa diabólica proposta no Éden (“Sereis como Deus” Gn.3,5) ecoa, ainda hoje e seduziu a muitos desses pseudos sábios e seus fãs de carteirinha aos quais se associam no interesse de ganho fácil.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

É CRUCIAL SER DIRECIONADO PELA VERDADE


Nosso interesse pela verdade é uma expressão inevitável de nosso interesse por Deus. Se Deus existe, Ele é a medida de todas as coisas, e o que Deus pensa é a medida de tudo o que devemos pensar. Não se interessar pela verdade é o mesmo que não se interessar por Deus. Amar a Deus intensamente implica amar a verdade na mesma proporção. Ter a vida centralizada em Deus significa ser direcionado pela verdade no ministério. Aquilo que não é verdadeiro não procede de Deus. O que é falso é contrário a Deus. Indiferença para com a verdade equivale à indiferença para com a mente de Deus. A pretensão é rebeldia contra a realidade, e quem faz a realidade é Deus. Nosso interesse pela verdade é apenas um eco de nosso interesse por Deus.


Biblicamente, a urgência de sermos direcionados pela verdade é vista pelo menos de três maneiras. Primeiramente, Deus é verdade. Toda a Trindade é a verdade. Deus Pai é verdadeiro, e nada pode anular a completa fidelidade e confiabilidade em todas as suas promessas e afirmações. "E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem" (Rm 3.3-4).

Deus Filho, que é a própria imagem do Pai, é verdadeiro. Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Em Apocalipse 19.11, João viu a Jesus glorificado como fiel e verdadeiro: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça".

Deus Espírito, que pessoalmente, no seu ministério em nós, vive a vida do Pai e do Filho, é o Espírito da verdade. Jesus disse: "Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim... quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (Jo 15.26; 16.13).

Amar a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito, significa amar a verdade. Buscá-los é buscar a verdade. Paixão pela vindicação dEles no mundo envolve uma paixão pela verdade. Não há qualquer separação entre Deus e a verdade. A expressão "Deus é" precede "Deus é amor"; e "Deus é" tem um conteúdo e significado. Deus é uma coisa e não outra coisa. Ele tem caráter. Sua natureza possui características que O definem. O interesse pelo verdadeiro Deus, que não é criado à nossa imagem, é o fundamento de uma vida direcionada pela verdade.
A segunda maneira em que podemos perceber a urgência bíblica de sermos direcionados pela verdade é a terrível advertência de que não amar a verdade equivale a suicídio eterno. Paulo falou sobre um iníquo que, no final dos tempos, virá "com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Amar a verdade é uma questão de perecer ou ser salvo. Indiferença para com a verdade é a característica peculiar da morte espiritual.


Paulo foi mais além, contrastando o crer na verdade com o ter prazer na impiedade — "A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (2 Ts 2.12). Isto mostra que o crer na verdade envolve as afeições, visto que a sua alternativa é "deleitar-se" em outra coisa. Isto também mostra que a verdade é moral e não apenas cognitiva, pois a sua alternativa é a impiedade e não apenas a falsidade. O convincente impacto desta passagem bíblica é que amar a verdade — crer na verdade com todo o coração — é uma questão de vida ou morte eterna.

A terceira razão por que digo que ser dirigido pela verdade é tão urgente se encontra no fato de que o Novo Testamento retrata o viver cristão como o fruto do conhecer a verdade. Por exemplo, quando Paulo disse: "Não sabeis?", como uma repreensão ou um incentivo, em relação a algum comportamento, estava mostrando que o verdadeiro conhecimento mudaria o comportamento. "Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não" (1 Co 6.15). Isto significa que conhecer a verdade a respeito do corpo redimido de um crente é uma poderosa fonte de castidade.

"Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne... Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6.16,19). Não conhecer a verdade é uma grande causa de irreverência e imoralidade. A verdade é uma fonte de viver cristão santo. Você conhece a verdade, e a verdade o torna livre — do pecado para Deus.


Amar a verdade é uma marca de uma visão de mundo centralizada em Deus; é obediência ao primeiro e grande mandamento.


Fonte: O Cristão Hedonista

domingo, 8 de agosto de 2010

ENTREVISTA COM O PASTOR TIRANDO O SALDO REX

Se você se encontra fraco na fé, anime-se. Esta entrevista fictícia é baseada em fatos reais, e demonstra que a volta de Cristo se aproxima. Livre-se desses pilantras.

Apegue-se a Cristo. Seja forte! Não permita que os devoradores levem seu dinheiro.

Doe com alegria, mas doe seus recursos para o Reino de Deus, não para os impostores da fé.

Deus ama você de uma maneira muito especial. Lembre-se: O que estão fazendo com os cristãos cumpre profecias, e Jesus deseja que você se fortaleça. Em breve, Ele nos levará para a casa do Pai. Quero te ver lá!

Entrevista:
IACS - Em primeiro lugar, queremos agradecer sua disponibilidade em nos conceder essa entrevista. Pastor Tirando Saldo Rex é PHD. em Batalha Espiritual, PHD em Vitória Financeira, PHD em Marcketing Evangelístico Televisivo e PHD em Teologia da Prosperidade.

A primeira pergunta é: Qual é o centro da sua mensagem evangelística?

Pastor Tirando Saldo REX - Evidentemente, é Jesus Cristo. Jesus Cristo salva. Jesus Cristo abençoa com muito dinheiro. Jesus era muito rico. E ele deseja que os filhos de Deus sejam muito ricos.

Mas para isso, temos que ser mãos-abertas. Quanto mais doarmos para Jesus, mais Ele nos dará. Cristo não quer apenas salvar as pessoas, mas Ele quer dar muito dinheiro para elas.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

UM APELO AOS PASTORES !

Por: Pr. Marcello de Oliveira

“Pastoreiem o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade” (1 Pe 5.2)

O pastoreio como metáfora para liderança é uma expressão recorrente nas Escrituras. Javé é o pastor de Israel. Líderes políticos também receberam esse mesmo título, mas foram rejeitados porque permitiam que suas ovelhas se dispersassem (Ez 34). Jesus tomou sobre si a função de Bom Pastor, aquele que conhece, conduz, chama, ama, alimenta suas ovelhas e dá a vida por elas.

É comovente a maneira com que Pedro se dirige aos líderes da igreja.

Ele faz um apelo para que eles pastoreiem o rebanho de Deus, no entanto, esse era o seu ministério ("cuide das minhas ovelhas" [Jo 21.18]) quando o Senhor o chamou pela segunda vez, à beira do lago da Galiléia. É provável que Pedro estivesse pensando nisso quando fez o apelo para que os líderes da igreja pastoreassem o rebanho de Deus. Seu apelo inclui três antíteses:

Em primeiro lugar, os pastores devem ter um espírito voluntário.

Devem servir "não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer" (1 Pe 5.2). A simples idéia de servir a Deus por obrigação é grotesca.

Em segundo lugar, a motivação deles deve ser livre de qualquer interesse.

"Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir" (v. 2). No entanto, ao longo da história, têm surgido muitos interesseiros tentando ganhar dinheiro com o ministério. No mundo antigo, havia um grande número de impostores que ganhavam a vida se fazendo passar por mestres itinerantes. Paulo, entretanto, abriu mão de seu direito de receber ajuda (ex: a igreja de Corinto) e trabalhou para se sustentar, demonstrando assim que a sua motivação era sincera. Infelizmente, ainda vemos muitos evangelistas (?) mal intencionados buscando enriquecer por meio de apelos financeiros.

Em terceiro lugar, a conduta dos pastores deve ser humilde.

"Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho" (v. 3). Será que os pastores nunca leram este texto das Escrituras?

Deus nunca nos deu uma procuração transferindo a igreja para nós. A igreja é Dele! Nós não somos donos de nada! Infelizmente, existem nos nossos meios verdadeiros coronéis da fé, caciques espirituais, que são chefes de tribos, e não pastores de ovelhas!

Jesus advertiu seus discípulos claramente sobre isso. "Os governantes das nações as dominam", ele disse, e "exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês" (Mc 10.42,43). Ao contrário, os líderes cristãos devem exercer seu ministério com humildade. Eles devem liderar não pela força, mas pelo exemplo.

Ó Deus, conceda-nos pastores segundo o teu coração (Jr 3.15)!

CONFUSÕES DE TERMOS, CONFUNDINDO A IGREJA.


Não estará havendo uma confusão de termos?

Entre igreja (pessoas) e templos (construção de alvernaria) ?



Ou entre igreja (pessoas) e CNPJ (denominações)?



Jesus vem buscar templos? Jesus é O Cabeça de templos ou CNPJs?



Igreja verdadeira é somente a que se constitui sob o carimbo de um CNPJ ou outro tipo de "convenção"?



Dois ou tres reunidos em nome de Jesus Cristo não é igreja?

Seria o templo denominacional a "casa de Deus"?



E o pastor seria o sacerdote da igreja? E teria uma UNÇÃO ESPECIAL para entregar a outros, mesmo na Nova Aliança?



O que Pedro quis dizer afinal em : "MAS Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. "  1 Pe 2: 4



Será que Pedro enganou-se ao afirmar que "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;" 1 Pe 2: 8



Teria Pedro se referido a uma classe super especial de lideres ou pastores nos textos acima?

O pastor de uma denominação qualquer teria mais unção do que um crente comum que "apenas ousou crer" que Jesus é O Senhor e principalmente O Salvador de todos quanto creem Nele?



Se Jesus é o Cabeça da Igreja (pessoas genuinamente convertidas) e que É O UNGIDO POR EXCELENCIA, o corpo receberia uma unção distinta? A UNÇÃO DO CABEÇA não teria EFEITO sobre o CORPO? Partes diferentes do corpo recebem UNÇÃO ESPECIAL OU DIFERENTE DO RESTANTE DO MESMO CORPO?



É necessário receber o batismo (em águas, se possível, realizado por um pastor ) em um templo com CNPJ e sob uma "convenção" qualquer para que sejamos salvos? Mesmo tendo crido em Jesus como Salvador?



1 Pedro 1:8  - Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;

Não estou querendo desprezar a posição do pastor. Este deve ter chamada, carisma, saber servir e não ser servido, cuidar do rebanho e não se assenhorar dele como se este lhe pertencesse, lhe consumindo a lã, o leite e por fim a carne.

Deve ter consciência de que terá que dar conta desse rebanho ao Sumo Pastor.

Ou seja, o trabalho de pastor é abnegação e compaixão e não estrelismo, é renuncia e não cobiça, é sofrer pela obra de Deus e não "se dar bem" em função de explorar financeiramente os fiéis.

Quem não puder se enquadrar nesses parâmetros, por favor
PEDE PRA SAIR!

O REINO DE DEUS AGRADECE.

domingo, 1 de agosto de 2010

O QUE DIZER DAS "CAMPANHAS DE PROSPERIDADE"

PRINCIPALMENTE AS DO "PASTOR" MORRIS CERULO E MIKE MURDOC.

Olha seu moço elegante, de terno tão sofisticado
tens o falar tão bonito, parece um príncipe encantado.

E fala tão bem de Jesus, que parece até conhecê-lo
mas fico assim tão confuso, tentando em vão entendê-lo.

Falas que Deus é rico. Que rico vai nos tornar
mas li escrito na bíblia que o nosso ouro está em outro lugar!

Pra não ajuntarmos tesouro na terra, onde existe ladrão e a traça corrói
mas ajuntarmos tesouro no céu, onde a ganância não destrói.

Tu falas de modo tão eloqüente, eu confesso que confunde a gente
Ao vê-lo a falar deste jeito, sinto até vergonha de ser crente.

Meu Jesus era humilde, filho de um carpinteiro
Que antes de pregar o amor, dava duro o dia inteiro.

Depois ele ficou rico?  Ganhou muito dinheiro ao ensinar?
Eu nunca vi escrito na bíblia, que ele cobrava para pregar!

Tu pedes tanto para mim! Para quê, tantos mil reais?
A maioria de nós é pobre, desculpe o senhor pede demais!

Promete que Deus vai dar o dobro, mas eu tenho que a ti entregar!
Que não posso em outro lugar ofertar, tem que ser somente no seu altar

Na minha igreja veio um moço, ele é um evangelista
passou fome no estrangeiro, ele não era um golpista.

Não falava tão bonito! Não tinha a sua sabedoria
mas tinha um brilho nos olhos e ao falar ele sorria

Pois a fome ele supria de um povo tão distante
Que não conhecia Deus. Era um povo tão errante.

Ele mostrou suas cicatrizes, por amor foi espancado
Mesmo assim continuou, ele não ficou calado
O evangelho anunciou, a Jesus Cristo revelou
para um povo tão idolatra. Digno amor ele espalhou.

Aqui tudo é diferente, a maioria conhece Jesus
Mas tão poucos buscam a ele, tão poucos querem sua luz
como também seu amor.

Só querem esta tal prosperidade
e não adoram mais a Deus,
em Espírito e em verdade.

O senhor é importante, todo mundo bate palmas
mas deixa eu perguntar pro senhor?! Para onde vão estas almas?

E todo este tesouro? Elas vão poder levar?
Vai caber na sepultura, todos os bens que elas ganhar?

E o senhor? De fala tão eloqüente
conhece os meandros das escrituras
Mas a tua pregação já não transforma as criaturas.

Não pense que estou te julgando pois não sou o seu juiz
pelo contrario estou te alertando, sua vida está por um triz.

Abandone o seu pecado, ensina o povo a clamar por perdão
acredite, ainda há tempo de limpar o seu coração.

Sei que falas de milagres que riquezas Deus vai derramar
mas não existe maior milagre do que uma alma se salvar!
Olha seu moço elegante de terno tão sofisticado
tens o falar tão bonito parece um príncipe encantado...

Jaime Alves (um ótimo palpipeiro do Pulpito Cristão)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Quatro maldições na igreja de hoje


Alan Brizotti


"Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o vosso coração" (Malaquias 2. 1, 2).

Na igreja da atualidade parece existir somente maldição financeira. É como se toda a atenção do inferno fosse canalizada para o nosso bolso. Outras áreas são simplesmente preteridas. Na teologia monetária dos agentes bancários de deus, maldição é sinônimo de pobreza. O livro de Malaquias, por exemplo, só é lembrado em questões de dízimos e ofertas, e sempre para enfatizar o "fato" de que se você doar até o último centavo de sua violentada carteira, deus (é minúsculo mesmo!) vai encher sua casa de grana!

Esses investidores da bolsa de valores da fé esquecem do texto acima! Principalmente da promessa que poucos percebem: "... amaldiçoarei as vossas bênçãos". Pense por um momento: se Deus amaldiçoar as bênçãos, então tudo é maldito! Isso é muito sério! A bênção de um falso profeta é uma maldição completa! Deus não tem compromisso com todo esse charlatanismo religioso dos vendedores de promessas.

Resolvi pensar um pouco mais sobre quatro maldições que assolam a igreja da atualidade, e que Deus nos guarde desse mal (João 17. 15):

A maldição da politicagem: isso é visto como bênção, naquelas frases do tipo: "temos que ter um irmão para nos representar"; "fulano é um grande homem que Deus levantou na política", e por aí vai... Uma pergunta: você comeria uma maçã que estivesse dentro de um saco de lixo, mesmo sabendo que ela é limpa? O cristão, na política, é uma maçã no meio do lixão. É uma pérola no meio dos porcos. Acredito que um ou outro homem ou mulher de Deus possa ser levantado como uma espécie de estadista, gente séria que ame a Deus e trabalhe pelo reino, contudo, são "agulhas no palheiro", e não servem como desculpa para que qualquer um, de quatro em quatro anos, venha encher nossos púlpitos de hipocrisia, mentiras e ilusões.

A maldição do imediatismo: gente que confunde Deus com uma máquina qualquer respondendo a comandos e senhas divinas. Gente que não consegue mais andar no abençoado caminho da paciência, principalmente porque não passa por lutas e tribulações, que segundo a Bíblia, produzem-na (Rm. 5. 3). O imediatismo é o grande vício da igreja de hoje. Essa espiritualidade drogada não suporta um dia normal, um culto sem carnavalizações folclóricas e pirotécnicas, muito menos a bendita espera. São filhos mimados de uma divindade exibicionista. Quando aprendemos a esperar no Senhor, trabalhamos a glória da dependência e abrimos mão de sermos controlados pela sociedade da pressa.

A maldição do analfabetismo bíblico: pastores e pregadores que adulteram textos bíblicos ao sabor de suas neuroses. Gente que faz aplicações levianas dos textos bíblicos. O efeito colateral dessa doença hermenêutica é o surgimento de tanta teologia destruidora: teologia da confissão positiva, da prosperidade, do profetismo visionário das "mães dinás de deus", dos milagreiros da religiosidade de mídia e massa. Essas Meduzas teológicas são heranças malditas do nanismo bíblico. Para curar essa anomalia só há um jeito: dedicação à Palavra, sem reservas! E isso, sim, é possível!

A maldição da hereditariedade obrigatória dos cargos: que existem filhos de pastores com chamado divino não posso negar, contudo o que vejo é um percentual alarmante de aproveitadores e malandros, que usam o ministério como saída para sua falta de talento na vida. Gente que, se não fosse o pai ser alguém, não seria absolutamente nada! Gente que faz do púlpito sua empresa, da igreja seu curral, e da fé sua "galinha dos ovos de ouro". Esse nepotismo eclesiástico atropela a verdade do evangelho. Quantos homens de Deus são deixados de lado porque o "filho do dono" herdou o trono!

Que Deus nos ajude a permanecer igreja, lutando contra essas demonizações travestidas de bênçãos que invadem o arraial dos santos. Deus dará um basta em tudo isso! A Obra é Dele! Ele amaldiçoará as bênçãos dos falsos cristos que se amontoam como praga infestando a "lavoura de Deus" (I Co.3:9).

sábado, 10 de julho de 2010

UM EVANGELHO VIRTUAL E A MENTIRA REAL


“Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.

Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gálatas 1.8,9)

A advertência de Paulo aos crentes da Galácia nunca se torna obsoleta. Se houve necessidade de alertar a Igreja sobre os desvios doutrinários naquela época, hoje muito mais. Paulo havia trabalhado entre os gálatas, pregando-lhes o evangelho da graça.  Foi um trabalho profícuo.

Depois que Paulo se ausentou da Galácia, cristãos judaizantes infiltraram-se na igreja e transtornaram a paz e a doutrina ali ensinada. Um dos alvos desses judeus era levar os gálatas de volta às práticas da lei do Antigo Testamento.

Paulo, inconformado com tal atitude, vociferou contra ela, exortando a Igreja para que permanecesse firme na graça do evangelho.
As circunstâncias atuais são mais alarmantes ainda.

Não há apenas o perigo de algum grupo judaizante propondo a guarda do sábado, outros promovendo as festas judaicas do Antigo Testamento, além de uma infinidade de distorções sobre a Bíblia, a pessoa de Cristo e a salvação.

Há até aqueles que denominam as pessoas envolvidas com a música cristã como levitas, algo que não reflete uma interpretação adequada deste termo.

A mídia, no seu todo, explora com sucesso o fascínio constante do ser humano pelo místico ou sobrenatural. E sabemos que ela não tem discernimento espiritual e nem compromisso com a verdade da Palavra de Deus.

Além de tudo isso, existe sempre uma propaganda religiosa, digamos, até proselitista, de ensinos contrários ao cristianismo bíblico. Muitos até batem à porta de nossas casas, tentando nos convencer.


Devemos ser educados, porém firmes em não aceitar suas ofertas literárias ou material de divulgação, repelindo seus ensinos. O melhor a fazer é sempre consultar A PALAVRA DE DEUS, evitando assim dores para a sua alma.

Lembre-se de que a Bíblia Sagrada é a nossa única regra de fé e prática e tudo fora dela deve ser rejeitado, ainda que um anjo do céu nos diga o contrário.


Há poucos dias li em algum lugar e não me lembro onde que nunca aconteceram tantas conversões no Brasil como nos últimos anos, conversões porém, superficiais.

Quanto mais as pessoas se “convertem”, pior o Brasil se torna em termos de violência e corrupção. Aliás, tais flagelos sociais já fugiram do controle do governo. Esse quadro é preocupante.

Ele constata que o evangelho pregado hoje em muitos púlpitos não transforma pecadores em santos, revelando a crise de conversão que afeta uma boa parte da Igreja Evangélica.

Ao oferecer soluções de problemas em detrimento da mensagem salvífica, muitas igrejas evangélicas atraíram multidões que buscam apenas bênçãos materiais e passageiras.

Até o dízimo, muitas vezes, é dado por interesse e não por fé. O próprio Jesus verificou a mesma situação e reagiu com as seguintes palavras: “A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficam satisfeitos.

Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna” (João 6.26-27).

Assim, muitas pessoas que freqüentam as igrejas nunca tiveram um encontro de salvação com Deus através de Jesus Cristo, nunca nasceram de novo.

Não existe tragédia maior do que essa: o perdido achar que está salvo. Jesus mesmo disse que esse engano é possível de acordo com suas palavras em Mateus 7.21-23: “nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?

Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal”.

"Quando nós nos encontramos deficientes em sabedoria, não é porque a Palavra de Deus está faltando algumas páginas, mas, porque nós ainda não vimos tudo que há nas páginas que já temos.

Não é outro livro que precisamos, mas, mais atenção ao livro que já temos; não é mais conhecimento que requeremos, mas, visão para enxergar o que já temos revelado em Jesus Cristo."

- Eugene Peterson

domingo, 4 de julho de 2010

E agora, Jesus?

por Mary Schultze

Quando a Editora Universal ia lançar o meu livro “Viajando com Martinho Lutero”, a liderança da igreja enviou duas moças a Terê, para me entrevistar. Lembro-me que uma delas tocou o interfone e indagou: “É aí que mora a bispa Mary Schultze?” Não pude conter o riso e respondi que a “bispa”, não, mas uma serva do Senhor Jesus Cristo com o mesmo nome.

O que mais se vê nos dias de hoje é pastor (muitas vezes) semi-analfabeto na Bíblia e no vernáculo ostentando os autoconferidos títulos de bispo ou apóstolo, os quais também podem ter sido comprados nos States, depois dele ter contribuído com alguns milhares de dólares para um ministério pentecostal americano ou para uma igreja do tipo “avivado”. Recebi mais de um e-mail (in English), oferecendo títulos (a um preço módico) e deletei essas mensagens, indignada com tanto abuso praticado contra a Palavra de Deus.

Num artigo do Pr. Ricardo Gondim, publicado recentemente num site batista, li esta informação que muito me edificou:

[Na] Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã, das Edições Vida Nova, [lemos]: "O uso bíblico do termo "apóstolo" é quase inteiramente limitado ao NT, onde ocorre setenta e nove vezes; dez vezes nos evangelhos, vinte e oito em Atos, trinta e oito nas epístolas e três no Apocalipse. Nossa palavra em Português, é uma transliteração da palavra grega apóstolos, que é derivada de apostellein, enviar. Embora várias palavras com o significado de enviar sejam usadas no NT, expressando idéias como despachar, soltar, ou mandar embora, apostellein enfatiza os elementos da comissão – a autoridade de quem envia e a responsabilidade diante deste. Portanto, a rigor, um apóstolo é alguém enviado numa missão específica, na qual age com plena autoridade em favor de quem o enviou, e que presta contas a este".

Se alguém indagar a um desses profetas e apóstolos de araque se ele pode autenticar suas profecias e o seu apostolado pela Bíblia, o dito vai ficar tão engasgado como um romeiro cearense, tentando engolir rapadura com farinha, numa peregrinação a Juazeiro do Norte para cultuar o “Padim Ciço”. Certo penteca leu um texto meu em algum site, não observou que eu sou uma ferrenha inimiga do chamado Movimento dos Apóstolos e Profetas e me enviou um e-mail sugerindo, inocentemente, que eu me candidatasse ao apostolado, pois, segundo ele, tenho mais cacife para isso do que a apóstola (dos) Milhomens. Respondi que ainda não mereço o título porque sou “mulher de um homem só; não posso garantir que Jesus volte em 2011 para arrebatar os crentes e muito menos consigo subir a um púlpito para pregar a teologia da prosperidade, embasada na confissão positiva, visto como sou contra a mesma. Também não vivi alguns anos na África, onde alguns missionários ocidentais têm aprendido a fazer uma salada de ocultismo com cristianismo...

A nova moda de “semear” deve provir da África, onde o solo é tão ruim que os pobres africanos semeiam à beça e nunca podem colher coisa alguma. Daí que a fome continua grassando naquela desolada parte do planeta. Do mesmo modo, os tolos que acreditam nos pregadores da “semeadura” acabam ficando na pior, pois “semeiam” tanto nos bolsos desses “crocodilos religiosos” que ficam sem dinheiro para as compras da semana.

Domingo passado, a filha, o genro e os netos vieram para o lanche e ficaram para o culto vespertino. A filha sugeriu: “Mãe, não quero ir à PIBT esta noite, pois preciso me divertir um pouco. Tive uma semana trabalhosa demais, com quatro crianças para cuidar e uma obra em casa. Preciso relaxar”.

Tudo bem! Fomos à igreja mais próxima... Ali, depois de 40 minutos de muito barulho, gingados e uma piramidal coleta de dízimos (igreja enorme, lotada de gente bem intencionada), o pregador assumiu o púlpito para contar a respeito de sua recente estada em Miami e Los Angeles, onde pregou o evangelho em duas igrejas de língua portuguesa.

Ele usou tantas vezes a palavra “semeadura”, frisando o amor dos crentes brasileiros pelo evangelho (traduzido em forma de dízimos e ofertas) que senti um calafrio, mesmo estando bem agasalhada. O que pude deduzir da pregação do pastor é que contribuir é a maior prova de amor que um crente pode dar ao Senhor, pois com o dinheiro arrecadado, os ministérios crescem, as igrejas ficam lotadas e o pastor é “abençoado”. Mesmo porque, segundo os pregadores da prosperidade, o pastor precisa ser o membro mais abençoado da igreja, sendo esta a prova maior de que o Senhor está abençoando o seu ministério, a fim de, em seguida, poder abençoar os leigos que frequentam a sua igreja. Tendo em vista que os crentes do Primeiro Mundo são os mais “generosos” (embora dificilmente convertidos), esses “prósperos” pregadores buscam sempre esses países ricos. O pastor supra citado anunciou que em agosto irá a Portugal e à Suíça. Por que ele não vai à África, à Colômbia, ao Peru...?

A palavra “semeadura” é o “abre-te sésamo” para o enriquecimento eclesiástico pentecostal e “avivado”. Ao Brasil ela veio para ficar. Com ela, os “abençoados anjos da igreja” podem comprar mansões, carrões importados e até aviões, os quais serão usados em suas viagens “missionárias”, onde, conforme um deles afirmou: “Quanto mais lugares visitamos, mais doações se conseguem e, assim, vale a pena ter um avião, pois este aumenta a nossa chance de chegar a muitos lugares, para ganhar muitas almas para o Senhor”.

Pelo que entendo, ganhar almas para o Senhor tornou-se uma obra tão dispendiosa que somente os pregadores milionários estão conseguindo fazê-la!!! Só não entendo por que o Senhor Jesus Cristo não advertiu os Seus primeiros discípulos sobre este problema, quando decretou o “Ide”! É verdade que naquele tempo ainda não existia avião, mas, como para Deus não existe futuro, Ele bem poderia ter previsto e falado sobre esta “necessidade missionária”. Se eu fosse o Drummond de Andrade, iria indagar: “E agora, Jesus?”

Mary Schultze, 04/05//2010 – www.maryschultze.com

domingo, 20 de junho de 2010

REMENDO PIOR QUE O RASGADO.

Mateus 9:14
Vieram, depois, os discípulos de João e lhe perguntaram: Por que jejuamos nós, e os fariseus {muitas vezes}, e teus discípulos não jejuam?

15 Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar.

16 Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura.

17 Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.

Dentro do contexto, feito por Jesus, sobre a prática do "jejum", Ele diz que seus discipulos não o fazem (figura da presença do NOIVO com os convidados gerando alegria) como REGRA, e abre uma EXCEÇÃO (quando o NOIVO FOR TIRADO então jejuarão) que se daria em uma dinâmica de acontecimentos (da Sua prisão, julgamento e morte na cruz) e que se cumpriu como predisse.

A distorção do contexto, hoje, é feita sutilmente, sempre querendo preservar (alguns anos de prática contrária as Escrituras) costumes e doutrinas de homens.

Dizem os defensores da prática que Jesus disse que os seus discípulos o fariam mediante a sua ausência FÍSICA (Isso faz lembrar Tomé).  Jesus não está conosco, hoje? Estamos sem Ele ?

Não é absolutamente isso que Jesus falou.

Ele disse textualmente: ”Meus discípulos NÃO JEJUAM, pois O NOIVO está com eles” e depois acrescenta, dizendo “Haverá DIAS porém” (isso é EXCESSÃO E NÃO REGRA) “em que o NOIVO LHES será tirado” (COM VIOLENCIA) "e NESSES DIAS então jejuarão". Está JESUS se referindo a fatos que ocorrerão bem próximo e em uma dinâmica, que introduzirão uma Exceção a esta REGRA GERAL (de que MEUS DISCIPULOS NÃO JEJUAM) e que não seria um “jejum” planejado (religiosidade por imposição) e sim algo que ocorreria como conseqüência dos fatos muito constrangedores e porque não dizer horrorosos que os levariam a se acovardar (como Pedro, que nega conhecer a Jesus) e a se esconderem por estarem com grande medo de serem mortos também.

O contexto que se liga a esse fato de forma explicativa ou elucidativa é o de João 16.

Há um contraste entre as idéias de Alegria e Tristeza, entre jejum e festejos de casamento, etc.

PRA QUEM GOSTA DE LER AS ESCRITURAS, É SÓ DAR UMA OLHADINHA E VAI ENTENDER QUE TODO O CONTEXTO APONTA PARA O TEMA.

E para não deixar nenhuma dúvida, Jesus menciona a figura dos ODRES NOVOS E VELHOS e do VINHO NOVO que deve ser posto em ODRES NOVOS e também do vestido VELHO sendo remendado por pano NOVO, que não dá certo, POIS O BURACO OU RASGADO SE FARÁ MAIOR.

Então está claro que neste caso, o REMENDO É PIOR QUE O RASGADO.

Jesus jamais teve o interesse ou idéias de introduzir novas práticas ou receitas de sacrifícios, principalmente de tolos, visto que o Seu Sacrifício na cruz seria supremo e consumaria tudo.

Ele sempre chamou a atenção dos fariseus e hipócritas religiosos que o cercavam, devido a suas práticas religiosas vãs, que quando aplicadas ao povo sem entendimento, eram transformadas em jugo e em fardo pesado e que eles não ajudavam o povo nem com um dedo. Mateus 15.

O novo nascido, tem vestes novas (que não tem nenhum rasgado) e não precisa de remendo (nem que o remendo seja novo) ou de novas “revelações ou unções”. João 3.

Outra distorção do contexto : Novas denominações.

Não devemos confundir odres novos com novas formas de igreja. O odre novo capaz de conter o vinho novo do evangelho é a nova mentalidade, gerada pela experiência da graça de Deus, e não uma nova instituição ou nova forma de organização de pessoas. Qualquer forma e sistema que se pretenda oferecer para conter o vinho novo do Evangelho da graça será um odre velho, pois o vinho novo está derramado sobre todos os que foram feitos livres pelo sopro do Espírito de Deus, que sopra onde quer. O vinho novo, portanto, está presente em, e por meio de, todos os que nasceram da água e do Espírito, e se manifesta em todo lugar, todo tempo, por meio de tudo o que fazem, qualquer que seja a instituição, estrutura eclesiástica ou forma organizacional em que estejam. (do Blog considerações a cerca da vida)

Essa forma de tentar encaixar instituições como se fossem o container do verdadeiro adorador é muito triste. É pior do que a aplicação dos mesmos containers como cela para presos por falta de presídios decentes.

domingo, 2 de maio de 2010

A TEOLOGIA DAS SEMENTES MALDITAS.

Autor : Pr. Renato Vargens Publicado em : Quarta, 30/12/2009

Encontrar um bom pregador cuja teologia seja saudável é quase uma missão hercúlea. Confesso que estou cansado de ouvir pregações vazias, superficiais, materialistas, humanistas e triunfalistas, de gente que contraria totalmente o ensino bíblico.

Infelizmente o que mais se ouve em nossos púlpitos é "Você vai obter vitória", "Você é um vencedor", "tome posse da bênção", "Use a palavra para trazer à existência as coisas que não existem" e muito mais. Pois é, toda essa parafernália é oriunda das leis de visualização e reprogramação mental que vêm das filosofias e religiões orientais, carregadas também de aspectos inerentes ao Gnosticismo, heresia grega que exalta o conhecimento para a libertação do Homem.

O pastor Mike Murdock é um daqueles que fundamentado na confissão positiva tem ensinado valores absolutamente antagônicos as doutrinas bíblicas. Segundo o teólogo da prosperidade, "dinheiro atrai dinheiro", isto é, quando o crente OFERTA a Deus, (independente da motivação) automaticamente atrai o favor do Senhor lhe trazendo mais dinheiro. Murdock ensina que devemos plantar dinheiro para colher mais dinheiro, como se fosse uma lei de semeadura financeria, que ele chama de "lei da semente".

Mike Murdock tem a falta de pudor de ensinar a existência de aproximadamente seis níveis de semeadura. Segundo o profeteiro um destes é a "semente de mil”. Murdock dá uma significado a certas quantias da semente: “tem havido cinco níveis de colheitas incomuns em minha vida $58, $100, $200, $1000 e $8500. Uma semente de mil dólares quebrou a pobreza em minha vida. Ninguém pode semear estes mil dólares para você." Em outras palavras isso significa “eu quebrei a pobreza com uma semente de mil dólares” faça o mesmo, envie sua oferta que a pobreza será quebrada.

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Deus não é um tipo de bolsa de valores que quanto mais "investimos" mais dinheiro recebemos. Deus não se submete as nossas barganhas nem tampouco àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras de$avergonhada$ de sucesso pessoal.

Isto posto, afirmo que a doutrina da semente ensinada por Murdock é espúria, sem fundamento bíblico e manipuladora cujo objetivo final é o enriquecimento dos profetas da prosperidade.

"E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita."(II Pd 2:3)

sábado, 3 de abril de 2010

A Balada de José


O culto acabou,a luz apagou,a igreja fechou, o povo se foi, a noite esfriou.


E agora, José? E agora, você? Você que dizima, não falta às campanhas,unge com óleo,e toma da água que o apóstolo orou.

A noite esfriou, e a bênção não veio, mas o bispo pregou que a culpa é só sua: “você não tem fé”.

E agora, José? Está sem recursos,está sem amigos, e acabou o carinho daqueles irmãos do errante caminho.

Perdeu a esperança porque confiou em palavra de homem que só se interessa em ovelha tosar, enganar os mais simples, e passar um sermão em quem duvidar.

E agora, José? Se você cantasse, se você orasse, se você louvasse…

Mas você já não crê, e prefere morrer a ser iludido mais uma vez com tantas promessas de espertos profetas que cobram pedágio pra se alcançar as bênçãos do céu.

A noite esfriou, as lágrimas rolaram. E agora, José? Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, José abre a Bíblia.

E como milagre caíram-lhe escamas que impediam seus olhos de enxergar a Verdade.

A partir desse dia o Evangelho reinou dando-lhe Paz e indizível alegria.

E agora, José? Agora que eu vejo, não tem mais conversa: deixei as mandingas, os fetiches e crenças.

Posso dizer que mudou minha história: Desde então, é somente a Palavra, somente a Graça, apenas a Fé no Filho do Homem, e a Deus, somente a Deus, eu dou toda a glória.

Pr. Daniel Rocha

[Obs. : Esse texto foi escrito após uma pessoa ter buscado minha orientação pastoral. Sua irmã, uma mulher com mais de 50 anos, fez um acordo trabalhista de 12 anos de empresa para levantar um dinheiro e “entregar pra Jesus”. Foi prometido que esse desafio seria abençoado por Deus até “10 vezes mais”. Trata-se de mais um caso de abuso espiritual praticado por estelionatários da fé cujo “deus” é um cara obcecado por dinheiro que fica repetindo Money…. Money… Money….]