domingo, 20 de junho de 2010

REMENDO PIOR QUE O RASGADO.

Mateus 9:14
Vieram, depois, os discípulos de João e lhe perguntaram: Por que jejuamos nós, e os fariseus {muitas vezes}, e teus discípulos não jejuam?

15 Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar.

16 Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura.

17 Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.

Dentro do contexto, feito por Jesus, sobre a prática do "jejum", Ele diz que seus discipulos não o fazem (figura da presença do NOIVO com os convidados gerando alegria) como REGRA, e abre uma EXCEÇÃO (quando o NOIVO FOR TIRADO então jejuarão) que se daria em uma dinâmica de acontecimentos (da Sua prisão, julgamento e morte na cruz) e que se cumpriu como predisse.

A distorção do contexto, hoje, é feita sutilmente, sempre querendo preservar (alguns anos de prática contrária as Escrituras) costumes e doutrinas de homens.

Dizem os defensores da prática que Jesus disse que os seus discípulos o fariam mediante a sua ausência FÍSICA (Isso faz lembrar Tomé).  Jesus não está conosco, hoje? Estamos sem Ele ?

Não é absolutamente isso que Jesus falou.

Ele disse textualmente: ”Meus discípulos NÃO JEJUAM, pois O NOIVO está com eles” e depois acrescenta, dizendo “Haverá DIAS porém” (isso é EXCESSÃO E NÃO REGRA) “em que o NOIVO LHES será tirado” (COM VIOLENCIA) "e NESSES DIAS então jejuarão". Está JESUS se referindo a fatos que ocorrerão bem próximo e em uma dinâmica, que introduzirão uma Exceção a esta REGRA GERAL (de que MEUS DISCIPULOS NÃO JEJUAM) e que não seria um “jejum” planejado (religiosidade por imposição) e sim algo que ocorreria como conseqüência dos fatos muito constrangedores e porque não dizer horrorosos que os levariam a se acovardar (como Pedro, que nega conhecer a Jesus) e a se esconderem por estarem com grande medo de serem mortos também.

O contexto que se liga a esse fato de forma explicativa ou elucidativa é o de João 16.

Há um contraste entre as idéias de Alegria e Tristeza, entre jejum e festejos de casamento, etc.

PRA QUEM GOSTA DE LER AS ESCRITURAS, É SÓ DAR UMA OLHADINHA E VAI ENTENDER QUE TODO O CONTEXTO APONTA PARA O TEMA.

E para não deixar nenhuma dúvida, Jesus menciona a figura dos ODRES NOVOS E VELHOS e do VINHO NOVO que deve ser posto em ODRES NOVOS e também do vestido VELHO sendo remendado por pano NOVO, que não dá certo, POIS O BURACO OU RASGADO SE FARÁ MAIOR.

Então está claro que neste caso, o REMENDO É PIOR QUE O RASGADO.

Jesus jamais teve o interesse ou idéias de introduzir novas práticas ou receitas de sacrifícios, principalmente de tolos, visto que o Seu Sacrifício na cruz seria supremo e consumaria tudo.

Ele sempre chamou a atenção dos fariseus e hipócritas religiosos que o cercavam, devido a suas práticas religiosas vãs, que quando aplicadas ao povo sem entendimento, eram transformadas em jugo e em fardo pesado e que eles não ajudavam o povo nem com um dedo. Mateus 15.

O novo nascido, tem vestes novas (que não tem nenhum rasgado) e não precisa de remendo (nem que o remendo seja novo) ou de novas “revelações ou unções”. João 3.

Outra distorção do contexto : Novas denominações.

Não devemos confundir odres novos com novas formas de igreja. O odre novo capaz de conter o vinho novo do evangelho é a nova mentalidade, gerada pela experiência da graça de Deus, e não uma nova instituição ou nova forma de organização de pessoas. Qualquer forma e sistema que se pretenda oferecer para conter o vinho novo do Evangelho da graça será um odre velho, pois o vinho novo está derramado sobre todos os que foram feitos livres pelo sopro do Espírito de Deus, que sopra onde quer. O vinho novo, portanto, está presente em, e por meio de, todos os que nasceram da água e do Espírito, e se manifesta em todo lugar, todo tempo, por meio de tudo o que fazem, qualquer que seja a instituição, estrutura eclesiástica ou forma organizacional em que estejam. (do Blog considerações a cerca da vida)

Essa forma de tentar encaixar instituições como se fossem o container do verdadeiro adorador é muito triste. É pior do que a aplicação dos mesmos containers como cela para presos por falta de presídios decentes.