sábado, 21 de maio de 2011

O Mundo não acabou, e agora? O PIOR MODO DE ASSASSINAR A INTERPRETAÇÃO BÍBLICA


A pior das incompetências na interpretação das Escrituras Sagradas ocorre, não quando erramos por desconhecer o contexto, não quando achamos que pudesse ser daquela forma, não quando repetimos os erros dos outros – todos esses erros graves. A pior das incompetências ocorre quando se parte para o texto com um pressuposto ou uma teologia prontos e, então, faz-se um exercício intelectual, malabarístico, para adequá-los ao texto bíblico. Vivi fazendo isso por 17 anos, quando pertencia a uma seita perita em fazer isso.

Imagine um grupo exclusivista de pessoas que se reuniram para prever a volta de Jesus para uma data X. Mas Jesus não veio nessa data.  Então, para que a auto proclamação de única verdade não caia por terra diante do fiasco, constroi-se uma história de erros interpretativos para adequar o ocorrido a textos bíblicos, na tentativa desesperada de camuflar o erro.

Pense nesse mesmo grupo reunindo-se a portas fechadas, orando ao deus que creem, para que os ilumine, para poderem dar uma justificativa à falsa profecia não cumprida. Então, olham para Provérbios 4:18. Ali lê-se que o caminho dos justos é como uma luz que brilha mais e mais até ser dia. Eureca! Erramos porque a luz não havia brilhado! Desconsiderando que o texto de Provérbios 4:18 não foi escrito com o fim de justificar erros de interpretação, encostam-se no que lhes importa e lhes convém: Uma horripilante interpretação que explicaria o porque do erro. Quem manda a luz? Deus. Assim, a culpa não foi nossa, mas de Deus que não nos mostrou ainda a verdade.

Daí, a mente desesperada sectária, bem ou má intencionada, depois de anos preganda a data X para o suposto retorno de Cristo, que não aconteceu, não se conforma. “Será que não teríamos acertado a data, mas errado o acontecimento?” Obviamente, o mau êxito precisa de uma fabulosa explicação, com remanejamentos ou, se preferir, novos lampejos de luz divina. E nada melhor do que ensinar: “A data estava certa, mas o acontecimento errado”. Mas qual teria sido o acontecimento correto, evidente? No lugar desses sectários, não seria melhor escolher um acontecimento espiritual, invisível, para que pelo menos aqueles que pedem uma explicação para o fiasco se contentem entre aspas? Óbvio, Jesus veio na data X, mas não visivelmente. Invisivelmente é a solução.

Daí, com a resposta nas mangas, a teologia está pronta. Na data X, Jesus retornou espiritualmente. “Vocês não viram? Não? Sabem por que não? Porque não tiveram discernimento! Porque as igrejas de vocês estão perdidas, e só nós estamos certos, a final, reconhecemos que erramos em parte.” Malandros! Tal teologia pronta precisa agora explicar por que quando Jesus volta, segundo a Bíblia, “todo olho o verá”. Mas se voltou espiritualmente, como todo olho pode ver este acontecimento? A saída é reinterpretar o substantivo “olho”, como “olhos do discernimento”. Sim, “agora eu vejo”, é a arte da súcia. “Você não viu? Agora eu vejo!” Mas será que todo olho viu a volta invisível de Jesus? Não, somente eles. Então, a teologia pronta precisa alterar o significado de “todo”: Toda aquele que pertence à nossa organização religiosa.

A teologia pronta vai gangrenando aos poucos mais versículos, e uma putrefação generalizada vai matando o bom senso. Se ele voltou invisivelmente, mas não acabou com a maldade, então ele apenas começou a agir, não aqui, mas lá no ceu. Eureca! Na data X ocorreu uma grande guerra mundial, então, Jesus tornou-se Rei empossado nessa data e expulsou Satanás do ceu, por isso que houve a Primeira Guerra Mundial. Pobre Jesus. Estamos em 2011, e ele não reina nem há cem anos ainda!

A história dessas aberrações poderia virar um livro chamado: A Gangrena na Hermenêutica e Exegese bíblicas. Mas não são homens sinceros, dedicados ao estudo bíblico, desejosos de interpretar corretamente as Escrituras? Dizem que o inferno está cheio de boas intenções. A maldita mania de exclusivismo religioso separa as seitas de Deus, que escolhe pessoas, não placas religiosas.

Por fim, a seita acaba marcando outras datas, Y e Z. Cansaram de errar, e aprenderam com a gente, os cristãos, a não fazerem mais falsas profecias (chamam de falsas expectativas para camuflar a safadeza). Adequados agora à nossa teologia cristã óbvia, não prevêm mais datas para a volta de Cristo, mas para não dizer que aprenderam conosco, afirmam: “Nesse assunto, a luz brilhou de vez!” Daí, eu pergunto: Que porcaria de deus seguem, que os deixa errar como falsos profetas, sem lhes ter dado discernimento para encontrar nas Escrituras o óbvio: “Ninguem sabe o dia e a hora”. (Mateus 24:36) Quer recebê-los em sua casa aos domingos de manhã? Você decide.

Fernando Galli 

terça-feira, 10 de maio de 2011

10 dicas: Como identificar um culto a Baal


Se você é cristão, mas não tem por hábito ler aquilo que faz responder como tal, certamente pode achar que aqui vai invencionice de um editor de blog que é confuso já no nome.

Certa vez houve uma religião que veio contaminar a crença judaica, a única força de defesa em Israel, e o resultado disso foi o início da total bancarrota daquela nação. Embora vivamos numa sociedade que procura mostrar que Deus é um detalhe totalmente dispensável na grande maioria dos assuntos e setores, um cristão – por ser historicamente assim – nada contra a maré, e portanto, sua força está centrada no culto – agora – pessoal a Deus.

Como previsto pelo próprio livro dos cristãos, a atual multiplicação de conhecimentos do fim dos tempos acontece de uma forma jamais imaginada, trazendo insegurança e confusão sobre o que é e o que não é de Deus. Resolvi trazer algumas dicas sobre o procedimento de um culto a Baal, embora possa existir semelhanças no culto a Jesus. Talvez a tal religião citada não esteja tão extinta assim:

1º  Quanto mais, mais eficaz:
O lema de seus cultuadores é quantidade. 400 profetas, 300 sacerdotes, sumo sacerdotes e uma hierarquia infinita de pessoas e cargos. A intenção é mostrar aos seguidores que o tal deus terá que atender as requisições impostas, abrir as comportas do céu, sendo que no topo desta torre, deverá haver o suprassumo dos religiosos da entidade. Afinal de contas, são centenas de pessoas com o mesmo pensamento positivo, e deus fica sem saída, que não seja obedecer as petições, independente do que se requisite ou que propósito mesquinho vai atras daquele clamor. Para cristãos, 2 ou 3 são suficientes(e uma dessas “pessoas” pode ser a Terceira).

2º Baal que se preze, tem sua Jezabel:
Não confunda a personagem com o esteriótipo. “Jezabeis” podem ser homens, mulheres, ou até mesmo casais. Eles empesteiam as lideranças de seus templos com propostas das mais indecentes, em nome do crescimento da religião. Normalmente, correm por fora: gostam de ser o braço direito de líderes honestos, se predispondo a dar qualquer ajuda. Gradativamente, serão “elas” que estarão ditando regras na comunidade, com distorções que podem variar de acordo com sua vaidade. É comum vê-las perseguindo um ou outro dentro das comunidades, e usar seu status alcançado para fazer pesar a mão sobre o desavisado membro (que continua acreditando que está num culto cristão).

3º Melhor efeito quando misturado:
Cultos a Baal podem ser facilmente confundidos com cultos a Jeová, já que o princípio religioso é basicamente o mesmo:”Tenha fé!”, ”Adore ao Senhor!(tradução literal da palavra cananéia)”...

Eles usarão muitos versículos da bíblia. Tenha certeza disso! (você nem sabe quanto ama a Palavra. Por isso, eles misturam. Caso contrário, você não se interessaria)

A imposição de regras e promessas se confundirão gradativamente com a verdadeira vontade de Deus, já que Profetas de Baal proliferam melhor em ambientes onde o seguidor de Jeová é ralo em seu conhecimento nas Escrituras. Ele tende a apresentar “melhoras cultuais” como uma novidade que melhorara o que chama de “as chatas celebrações ao Eu Sou”.

4º  Baal exige sacrifícios físicos:
Mutilações, flagelos, ativismo, cansaço durante prolongadas horas de mantras e cânticos, fazem parte da adoração ao deus cananeu. Não espere que a presença de baal se faça, apesar de tamanho esforço – isso não acontecerá – por que sua fé nunca será suficiente para agradar aos seus caprichos. Ele, Baal, é misterioso e nunca parece estar satisfeito: Ora, manda o benefício, ora, retém, caprichosa e injustamente, sem jamais se dispor a explicar nada. Oras! Ele é um deus e não tem que dar satisfação a seus adoradores!

5º Baal é um deus sexual
Postes ídolos, ou baalins, são símbolos fálicos. Curto e grosso? são imensos postes em formato de pênis. Segundo a crença, esses postes fecundam Astaroth (Rainha dos Céus. Conhece o termo?) que enviam suas bençãos aos seus filhos.

Na época, numa sociedade agrícola, nada mais desejado para terra árida como o oriente médio do que chuva “fecundada” em abundância. Baal trazia essa promessa. Sua sacerdotisa, e rainha de Israel, cultuava o sexo como forma de adoração, e seu poder e persuasão estava baseado nisso. Templos a Baal tem a sexualidade como algo sagrado, valorizando-a, impondo regras confusas, castrando e impondo-a, questionando intimidades, ao contrário de um cristão, que sabe que pecados sexuais não são tão graves como, por exemplo, a soberba e a falta de perdão.

Baal valoriza mais o sexo, e os pecados éticos e morais são perfeitamente aceitos, o que nos leva a próxima dica...

6º  Valores morais podem ser ignorados se é para um bem maior.
Acabe certa vez foi convencido por sua rainha-sacerdotisa-prostituta que ela solucionaria o problema de um proprietário que se recusava em vender um terreno que estava interessado. Inventou uma mentira tão hedionda, que provocou a morte daquele homem, o que o rei teve como aceitável.

Nas igrejas de Baal é comum vermos membros "menores" sendo esmagados por lideranças caprichosas. É para isso que Jezabel está lá: Se existe uma necessidade dos que estão no topo da pirâmide, um membro de base pode ser enganado, extorquido, roubado e ignorado. Entre cristãos, até viúvas e orfãos tem o mesmo valor dos mais abastados.

7º  Baal se não é surdo, é mudo.
Religião que se preze não tem interação da parte do deus que é cultuado. Embora seja declarado como UM poderoso deus, pode ser considerado surdo, para não ser chamado de mudo. Caso contrário, é perverso, ou o mais óbvio: não está “lá”.

A grande diferença nas religiões é que o Deus cristão tem tanto prazer em interagir com sua criação que se fez homem, e sabe exatamente o que sentimos, dispensando o uso de grandes sacerdotes e profetas especializados. Baais e Astaroths não interagem, seus sacerdotes explicam que eles nos ouvem porque estão em silêncio, ensinam que não fazem por não terem a oferta certa, e quando a oferta é certa, sua fé foi pouca.

8º A relação é sempre mercenária:
Seu lema é bíblico: “dê, e deus te devolverá mui grande medida sacudida e transbordante” e está embasada em plantações para este mundo. Você cultiva 100 dólares e terá 200 dólares. Você investe X, e terá X+. Sempre. Você faz sacrifícios, paga sua prestação onde eles estabelecerão que será a “nova casa do tesouro”(usando a regra teocrática de impostos para a Israel de 2000 anos atrás, quando o templo de Jerusalém ainda existia) e terá em troca o seu bem tão aguardado.
É toma lá, dá cá: Ofertou, recebeu.

O Deus cristão, embora possa transformar uma pequena bolha de vapor em uma tempestade capaz de solucionar anos de seca, não fará o que Baal propõem. Ele não se compromete com os entendimentos pessoais nos quais os servos de Baal garantem que serão cumpridos como termos de um contrato.

Entenda: Deus poderia fazer - materialmente falando – 100 vezes mais do que qualquer homem pudesse inventar em um deus que distribui bens e riquezas. Mas só porque alguém inventou que Deus faz, Ele não se obriga a fazer, mesmo que Jezabel tente convencê-Lo que desta forma seria melhor. Ele não cede a tentações, mesmo que o diabo em pessoa surja em seu momento maior de fraqueza humana.

9º  Em Baal, não há arrependimento.
Arrependimento é coisa de cristão. Esqueça de esperar que um discípulo de Baal recue, mesmo quando você provar, comprovar e re-comprovar que ele está no erro. Mesmo após derrotá-lo, mostrando o poder do verdadeiro Deus, ele será capaz de ameaçar o mais fiel dos crentes(mesmo os que já viram Deus em pessoa) dizendo que não foi derrotado, e prometerá sua destruído. Duvida? Pergunte a Elias, o profeta...

10º  Divisão e omissão:
Como já foi dito, o sistema hierárquico religioso é ideia do deus cananeu, mas além de dar a ideia de “castas” superiores e inferiores, existe uma outra função excelente: Você pega um casal, irmãos, amigos e os coloca em funções diferentes, tornando um superior e o outro, inferior, destruindo gradativamente a relação destes pares.

Fica mais fácil para seus sacerdotes manipularem individualmente. Qualquer cristão sabe que uma pessoa não deve andar só, já que quedas imprevisíveis devem ser consideradas na nossa rota.

Sacerdotes de baal usam essas quedas como prova de inferioridade das castas. E aí você pergunta: O que fazer quando um “superior”(que nada mais do que um ser humano com qualidades e defeitos, iguais a todos os outros) vier a cair? Simples; omita a queda. Quanto mais alto for o cargo entre os baalins, mais segredos esse suprassumo terá (até que torne um cínico, e acredite que sua posição proporciona que minta desta forma. Certamente, morrerá doente com doenças psicossomáticas).

Zé Luis, vulgo cristão confuso,  postou no Genizah.

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/05/10-dicas-como-identificar-um-culto-baal.html#ixzz1M0CmqMm4
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