segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A FEITIÇARIA GOSPEL.


Êpa!!! O pentecostalismo exercita a feitiçaria?



O que é feitiçaria? Com exemplos explico melhor.

A ferradura atrás da porta, aquela planta espada-de- são-jorge em frente de casa, os amuletos usados no intento de reprimirem-se as investidas do mal, bem como as medalhas e bentinhos presos à roupa ou alçados ao pescoço, tudo são feitiçarias.

De feitiçarias são a água benta à qual recorrem os católicos e a água que os pentecostalistas colocam sobre o rádio durante as orações espalhafatosas e teatrais de seus “missionários” da cura-divina. (Conheço três tipos de água feiticeira: a água benta romanista, a água fluida espiritista e a água orada pentecostalista).

Aquele “missionário”, já calçado em fabulosa pecúnia concentrada proveniente de sua exploração dos Ignorantes, espalha a alto preço um disco com suas gritarias e induz seus pascácios devotos a aplicarem o referido disco no lugar da dor como recurso certo de alívio imediato.

Se dói a cabeça, coloque-se o disco na cabeça; se no ventre, ponha-se o disco no ventre do paciente. Tudo isso são práticas feiticeiras das mais ridículas e primitivas.
Feitiçaria é o levarem-se peças de roupa de um enfermo para o médium espiritista, ou o clérigo vaticano, ou o ministro pentecostalista rezar, ou dar passe, ou orar sobre elas.

Em certa “reunião de poder”, estarrecido, vi um ex-pastor batista, no passado de alto coturno nos meios batistas brasileiros, autor de alguns livros, passar-se por feiticeiro. Dirigente daquela reunião, orava em cima das roupas que lhe levaram.

Impossível encerrar estas reflexões omitindo algumas linhas de análise sobre as roupas aludidas.Igualmente na sua explicação inexplicada, os pentecostalistas se nivelam aos feiticeiros romanistas. Ambas as teologias acorrem a Atos 19.11-12 na busca de coonestarem sua feitiçaria.

O Registro Sacro discorre acerca do ministério de Paulo Apóstolo em Éfeso e diz: “Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal [de Paulo], diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam”.

Os clérigos vaticanistas e os “missionários” pentecostalistas não querem ler bem a Escritura trasladada acima e, se bem a lêem, seu crime é maior pela mistificação consciente e premeditada que cometem.

O texto sagrado não afirma que Paulo orava sobre as peças de roupa que lhe levavam. Informa sim, que as pessoas efésias arrancavam do corpo de Paulo os seus aventais e os seus lenços e os levavam.

Se da sombra de Pedro (Atos 5.15) não se logrou conservar fiapos, por que os primitivos cristãos deixaram de conservar pedaços das roupas de Paulo Apóstolo?

Teríamos até hoje as preciosas relíquias. Todavia, aqueles panos, fora daquela especial circunstância, nenhum outro prodígio obtiveram.

Esse fato de Éfeso e alguns mais a ele semelhantes ocorreram por especialíssima permissão de Deus com o fim de autenticar o ministério especialíssimo de servos Seus em dada conjuntura histórica na correnteza do período da revelação bíblica.

A caída prodigiosa do maná no deserto alimentou milagrosamente o povo eleito e, para memória, Deus mandou Moisés encher dele um vaso e pô-lo no interior da arca da Aliança (Êxodo 16.33-34). Determinou-lhe, ainda, colocasse dentro da mesma arca a florescida vara de Arão como o sinal de sua eleição para o múnus de sumo sacerdote (Números 17.10; Hebreus 9.4).

Os israelitas, todavia, jamais tributaram qualquer culto ou crença a essas coisas, como nunca o fizeram aos ossos de Eliseu, por suporem neles qualquer eficácia sobrenatural.

Atos 19.12 de maneira alguma se presta a autorizar a referida atitude dos clérigos e dos pentecostalistas no tocante a se orar sobre roupas de doentes.

O seu emprego indevido e sofista pelos pentecostalistas, no entanto, revela também neste particular se identificarem com os clérigos feiticeiros do romanismo noutra demonstração de ser o pentecostalismo seita católica.

Da mesma prosápia, todos eles, católicos carismáticos, pentecostalistas e pentecostalizados, se entendem e se afinam porque seus básicos princípios doutrinárlos se identificam.

Cabe aos lídimos crentes evangélicos fugir de qualquer acomadramento com eles, a menos que queiram incorrer na censura divina de terem transgredido a advertência das Escrituras de Romanos 16.17 e de tantos outras afins. Se deles se aproximarem, que seja para lhes anunciar o genuíno Evangelho.

Eles precisam de ouvi-lo e aceitá-lo se se quiserem salvos da perdição.

Autor: Anibal Pereira dos Reis(Ex-Padre)

Editado por: Ricardo Gomes AngeloDo Livro: Católicos Carismáticos e Pentecostais Católicos, pag. 38 a 46; Edições Cristãs, 3ª ediçao brasileira – Fevereiro/2005

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