É impossível ler muitas das fontes católica romanas sobre a igreja sem enfrentar Mateus 16:18-19. “O que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.” Isso quer dizer, dizem algumas pessoas, que o céu aceitará e aprovará aquilo que os homens ligam ou desligam aqui na terra.
O mesmo elemento de tempo é ligado com João 20:23, “Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados”, isto é, interpretam que as decisões dos homens receberão finalidade divina.
Este conceito é crucial para o sistema sacerdotal, pois torna certos homens em vigários (representantes e substitutos) para Cristo.
Vemos o mesmo princípio (apesar de certamente não ser levado ao mesmo extremo) quando os presbíteros pensam que suas decisões foram sancionadas por Deus e que desobedecê-los é desobedecer a Deus.
Os efeitos prolongados de um erro assim são assustadores.
Mas a gramática de A. T. Robertson cita o tempo futuro perfeito em Mateus 16:19 e 18:18 e diz “no indicativo a forma perifrástica é o comum para o futuro perfeito, tanto ativo ... quanto passivo” (p. 361,373).
Wilber T. Dayton, na sua dissertação de doutorado em teologia, apresentou um estudo completo do tempo perfeito do grego em relação a João 20:23, Mateus 16:19 e Mateus 18:18. Ele diz sobre o tempo futuro perfeito: “É o futuro de um tempo perfeito e por isso refere-se a um ato como já completado no tempo futuro considerado, e como tendo resultados permanentes.” Conformemente sua tradução de Mateus 16:19 – o que você ligar na terra terá sido ligado no céu....”. A tradução Williams lê-se, “...deve já ter sido proibido no céu”. Todos estão dizendo que os apóstolos apenas ligariam e desligaram aquilo que já tinha a aprovação do céu.
Você diz, “Nós (você e eu) não somos estudiosos do grego.” É verdade! Mas o princípio deste assunto é provado pelo contexto geral das Escrituras.
Há apenas um legislador (Tiago 4:12), e Deus não renunciou esse direito. Até na comissão limitada o “Espírito de vosso pai” falou nos discípulos (Mateus 10:19-20). Como foi ordenado aos apóstolos “permanecei...até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24:48-49) e Jesus lhes disse, “...quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade ... e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João 16:12-13). Os apóstolos foram ligados e desligados pela inspiração – ou seja, como vasos de barro (2 Coríntios 4:7) eles passaram adiante aquilo que receberam do céu.
Então, em harmonia com a verdade como algo completo, Jesus disse que quando os apóstolos ligassem alguma coisa nesta nova revelação, seria aquilo que já havia sido ligado no céu.
Seria a mensagem de Deus, revelada pelo Espírito, que eles estariam ligando na terra. “Terá sido ligado” (sendo futuro perfeito perifrástico) carrega este sentido.
Eles não fariam leis, não poderiam (com direito inerente) perdoar ou retirar pecados, mas apenas declarariam o que Deus já havia determinado sobre tal assunto.
por Robert F. Turner
Gostei muito do seu blog. Acabei de me tornar seu seguidor.
ResponderExcluirUm grande abraço
Cristiano
Irmão Cristiano, os temas do seu blog são atuais e tratam de assuntos de enorme relevância e deveriam ser lidos por todos os dirigentes de congregações, principalmente os do nosso campo em Santa Cruz.
ResponderExcluirOlá, sabe onde encontro essa dissertação do Wilber T. Dayton, na sua dissertação de doutorado em teologia?
ResponderExcluirbj
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