terça-feira, 16 de junho de 2009

CRENTE TEM MEDO E PAVOR DA MORTE?

Quando o cristão genuíno sofre, com uma doença terminal, ou em perigo de morte iminente, ele deve continuar crendo em Deus pela sua palavra, em suas promessas (contidas nessa mesma palavra).
Não deve se desesperar (ficar com medo, perder as esperanças).

Nossa fé deve ser inabalável, e não podemos ficar recorrendo a mandingas santas, ou formulas mágicas, seja de que espécie for.

E se morrer? Ora, pois, ele ira para Deus.
Devemos saber quem de fato é o nosso dono.

O maior contraste hoje nas igrejas que pregam so vitórias, é que muitos lideres esquecem que o mundo jaz no maligno e que o crente apesar de ser guardado do mal, ainda esta sujeito a acidentes, doenças, problemas financeiros e outros e principalmente morte física.

Tive um colega que estava internado no CTI do Hospital da Forca aérea (HFAG). Todos os parentes e amigos já o haviam visitado. O medico já havia retirado as esperanças de todos, dizendo que a morte viria, seria so uma questão de tempo.
Haviam duas semanas que estava ali internado recebendo enormes quantidades de plaquetas, havia contraído uma meningite de alto grau.
O horário de visitas estava terminando, e fui o ultimo a colocar o jaleco para ir vê-lo. Ao entrar, um sobrinho dele saiu rapidamente chorando muito.

Fiquei ao lado do leito, observando tudo. Aparelhos iluminados ao redor monitorando os sinais de vida, tubos de oxigênio, e ali deitado, o colega muito chegado. Falei com ele (tenho certeza que me escutava). Comecei a orar por ele entregando tudo a Deus e a Sua vontade.
Coloquei as mãos sobre ele e disse: Senhor, sei que sua resposta pode se constituir em Sim, Não, ou espera. Se for Sim, Senhor, que ele fique curado agora e se levante. Se for qualquer uma das outras, ficarei sabendo. Despedi-me, e quando cruzei a porta do quarto, os aparelhos dispararam em vários apitos.

Enfermeiras vieram correndo e ao entrarem constataram a morte dele e o desligamento dos aparelhos. A resposta de Deus foi não. E ele foi para Deus.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Igreja xiita



Igreja xiita! Sim, xiita e preconceituosa, que ensina os crentes que a santidade está em abandonar a calça jeans e usar uma saia comprida até na canela; que mente aos homens dizendo que jogar futebol é coisa do diabo, e onde o pecado é definido e redefinido segundo o achômetro do pastor.

Tenho muita pena dos membros dessas igrejas, pois sei que no final de tudo eles são vítimas. São vítimas de uma liderança farisaica que se encerra dentro de um caixote, e de líderes avestruzes que enfiam a cabeça na terra para não enxergar o que acontece no mundo. Avestruzes que não assistem televisão, mas vivem pendurados na internet.

Avestruzes desinformados que enfiam a cabeça na terra e não vêem a real necessidade do mundo! Avestruzes que falam de missões, mas a missão que eles conhecem não vai mais longe do que o famigerado congresso do Balneário Camboriú. Avestruzes que enfiam a cabeça na terra e depois reclamam quando alguém mete bala no seu rabo (*).

“Ai!!! Quem foi que atirou no meu rabo?”. Como é que o avestruz vai saber? Ele estava com a cabeça dentro do buraco e não viu quando, por causa desses extremismos, o mundo começou a zombar de nós. E quando, por causa da sem vergonhice gospel, a globo começa a falar mal dos crentes, o avestruz reclama, diz que é perseguição da mídia... Pobre avestruz.

As vezes me pergunto o que aconteceria se Jesus viesse hoje à terra, da mesma forma que há 2 mil anos atrás. O que aconteceria se os crentes evangélicos vissem Jesus comendo na casa de político corrupto, ou conversando com a “Bruna surfistinha” sozinho no banco da praça? O que fariam os nossos tradicionais irmãos, aqueles dos “bons costumes”, se vissem uma mulher de calça jeans e brinco de argola, acariciando os pés de Jesus, beijando e enxugando-os com seu cabelo. O que faria essa gente quando Jesus proferisse seu famoso discurso de Mateus 23, e bradasse em alto e bom som:

“Ai de vós, hipócritas, que limpais o exterior do copo e do prato, mas no interior estão cheio de rapina e de iniquidade”“

Ai de vós, hipócritas! Que parecem com sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas por dentro estão cheios de podridão!”

“Guias cegos! Vocês coam os mosquitos e comem camelos”. Preocupam-se tanto com vestimentas, mas pregam heresias!

“Ai de vós, tradicionalistas hipócritas! Porque cruzam o céu em avião para fazer novos convertidos (missionários?); mas depois que ganham essa alma, fazem dele um filho do inferno, duas vezes mais preconceituoso e xiita que vocês!”

E na minha imaginação, vejo-os fazendo exatamente o que fizeram à 2 mil anos atrás: julgando, condenado e crucificando novamente o Filho de Deus!
***

(*) – Apenas à guisa de esclarecimento: o uso da palavra rabo no referido contexto, não é uma expressão desrespeitosa, ou um palavrão. Lembre-se que esta palavra foi usada no contexto do mundo animal, e animais não têm nádegas, têm rabo mesmo.

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

SERÁ QUE OS FARISEUS ESTAO EXTINTOS?


O texto da nossa exegese está em Mc 2:18- donde encontramos verdades relacionadas à prática do jejum, o texto está em uma parte do evangelho de Marcos (Mc 2: 1-3: 6) que contém narrativas que tratam da controvérsia de Jesus com os escribas e os fariseus.
Pode ser encontrado em dois outros evangelhos, Mt 9:14-17 e Lc 5:33-39, é importante sabermos o significado da palavra jejum e o que a prática do jejum representava nos tempos bíblicos.

A palavra jejum é originária do vocábulo hebraico “tsôm”, esse termo é freqüentemente associado a “pranto, luto e a mortificar-se” e no original grego “nêsteuo” que está associado a não comer e abster-se de comida. As formas e os propósitos do jejum eram numerosos, podendo ser praticado com abstinência total ou parcial de alimentos e estando geralmente ligado a orações.

Na lei mosaica conhece-se apenas um dia de jejum obrigatório para todos, e que se repetia anualmente, o dia de expiação. Porém, depois da destruição do reino de Judá (587 a.C.), foram determinados outros dias no ano para a prática do jejum. Acrescentados ao calendário nacional, no período pós-exílio, um dia de jejum nos meses quatro, quinto, sétimo e décimo (Zc 7: 3,5; 8:19), para relembrar esta catástrofe nacional.

Praticava-se em Israel como preparativo para uma comunhão plena com Deus (Êx 34:28; Dt 9:9; Dn 9:3).
Era praticado pelo indivíduo que se sentia oprimido (2 Sm12: 16-23; 1 Re 21: 27; Sl 35: 13; 64:10).
Era praticado pela nação quando em perigos iminentes de guerra e destruição (Jz 20:26; 2 Cr 20:3; Et 4:16; Jn 3: 4-10; Jz 4: 9-13),
durante uma praga de gafanhotos (Jl caps. 1 e 2), para trazer sucesso ao retorno dos exilados (Ed 8: 21-23), como rito de expiação (Ne 9: 1), e, finalmente, em conexção com o luto pelos mortos (Jr 14: 11-12).

Mais informações sobre a prática do jejum, ver R. Loird, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (DITAT), (São Paulo: Editora Vida Nova, 1998), 1272, 1273.

Na época neotestamentária o conceito de jejum já havia sofrido uma despersonalização e esvaziamento, além dos líderes incluírem a depreciação física como poder efetivo para a devoção, (ascetismo, ou rigor ascetico) ou seja, o jejum passou a ser algo de cunho externo, diferente do objetivo ideal, humilhar-se diante de Deus.

Nos tempos de Cristo os judeus mais estritos jejuavam dois dias por semana. Os judeus piedosos costumavam jejuar todas as segundas e quintas-feira (ver Lucas 18: 12). Dados indicam que havia outros que costumavam jejuar com maior frequência ainda.

O nosso texto começa com o termo “Ora” (v. 18) que no grego é kai uma conjunção continuativa, isso implica dizer que a perícope anterior (vv. 13-17) merece ser analisada também para termos uma interpretação mais segura.

O seu contexto fala de um banquete que Levi Mateus havia dedicado a Jesus. Mateus trabalhava na coletoria, e havia recentemente recebido o chamado para servir ao evangelho, ou seja, ele era um ex-publicano (v. 14), por isso estava imensamente grato a seu Senhor. Jesus então não hesitou em aceitar o seu ato de gratidão.

Na festa em que Levi Mateus dedicou a Jesus havia um grande número de pessoas (v.15), muitos de reputação duvidosa, como por exemplo, seus antigos amigos publicanos.

O verso 16 mostra que os fariseus viram, o fato de Jesus estar em um banquete, uma oportunidade para acusá-Lo e causar uma divisão entre Ele e os Seus discípulos.

Jesus então da uma resposta aos Seus inquiridores (v. 17), diante disto os fariseus ficaram ainda mais decididos em acusá-Lo, foram então buscar apoio nos discípulos de João Batista.

Os discípulos de João estavam na época em grande aflição, o seu líder estava no cárcere (ver Mt 14:3). E por isso tinham razão para estarem jejuando.

Os fariseus estavam ao lado dos discípulos de João nas observâncias cerimoniais e nos rituais. Pois o verso afirma que havia duas classes de inquiridores, “os discípulos de João e o dos fariseu”’ e que a pergunta foi proferida por um outro grupo desconhecido, “alguns”. Já em Mt 9: 14 a declaração é clara, e indica os discípulos de João como sendo os inquiridores, o texto diz: “Vieram depois os discípulos de João”.

Aqui entramos no texto principal para estudo (vv. 18-22). De início o verso 18 apresenta aparentemente um problema sinótico. Mas este problema pode ser resolvido simplesmente observando a resposta que Jesus dá a eles (ver Mc 2:19), se bem que Ele responde com uma outra pergunta.

Na sociedade judaica, havia um método de estudar bastante usado entre eles, este tinha o objetivo de convidar o aluno a resolver por si mesmo algum problema, e quando o mestre era interpelado com uma pergunta ele respondia com mais uma pergunta ao problema que lhe fora apresentado.

Em Sua resposta, Jesus usa a figura do casamento, e o casamento era uma figura bem comum para os discípulos de João, porque quando João foi interrogado por seus discípulos a respeito do ministério de Cristo e o crescimento de Sua popularidade como sendo uma ameaça, ele havia usado também a figura do casamento, e se identificado como “amigo do noivo” (ver Jo 3: 29 e 30) e isso ainda era bem nítido aos seus discípulos.

Quando Jesus faz alusão ao casamento, Ele também expressa o nível de relacionamento Dele com os seus discípulos, Ele pergunta: “Podem, porventura jejuar os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?” (v. 19). Referindose aos Seus discípulos Ele troca o termo “amigo do noivo” usado por João Batista, para “filhos do noivo”. Jesus intensifica o nível de relacionamento Dele com os Seus discípulos.

Dentre os amigos que eram convidados havia um que ficava responsável pela organização e atuava como mestre de cerimônia, este permanecia todo o tempo ao lado do noivo, regozijando-se também. O pedido de casamento e os arranjos necessários para a cerimônia eram feitos por este representante da família do noivo (para o casamento de Isaque, Eliezer, servo de Abraão, funcionou como o agente casamenteiro).
Nos dias do Novo Testamento, o “amigo do noivo” se ocupava desta função. O termo grego que é interpretado como “convidado” é huioi que pode ser traduzido por “filhos” sendo huioi tou numphonos “filhos do noivo”.

No grego temos duas palavras para filho, são elas: tecnón, que é aplicado para criança, filho – 1. literalmente vemos em Mt 7: 11; Mc 13: 12; Lc 1: 7; 15: 31; At 7: 5; 1 Co 7: 14; 2 Co 12: 14; Cl 3: 20; Ap 12: 4 e 5. , genericamente a descendente, posteridade vemos em Mt 2:18; 27: 25; At 2: 39; 13: 33; Rm 9: 8a. huioi. – No sentido usual é filho. Ver em Mt 1: 21; Mc 6: 3; Lc 15: 11; At 13: 21; Gl 4: 30. De alguém que é aceito ou adotado como filho ver em Jo 19: 26; At 7: 21.
Os convidados das duas partes eram chamados “filhos das bodas”.

O casamento era uma festa de muita alegria, e praticar o jejum em dias de festa de casamento seria algo ilógico.

Havia regras rabinas que dispensava os judeus de todos os deveres religiosos durante os período de festa de casamento, inclusive da
prática do jejum, isso para que a alegria na festa não fosse diminuída.


O Antigo Testamento freqüentemente utiliza o casamento como metáfora do relacionamento entre Deus (o noivo) e Israel (a noiva), ver Os 2: 21. No Novo Testamento, a imagem do Noivo é transferida para Cristo e a Noiva para a Igreja (Mt 9: 15; Jo 3: 29; 2 Co 11: 2; Ef 5: 23, 24, 32; Ap 19: 7; 21: 2, 9; 22: 17).

A questão é que os discípulos de Jesus não tinham motivos, razão, para jejuar. A presença de Jesus é tão importante que ela também pode dispensar os Seus discípulos da obrigação do jejum, o Noivo estava presente, o Líder estava em plena comunhão com eles, não era esse o tempo de jejuarem, mas Cristo também afirma (v. 20), pela primeira vez em forma pública, que quando o Noivo fosse “tirado”, mais de um ano antes, havia dito em particular a Nicodemos que seria levantado (Jo 3: 14).

Normalmente os convidados deixam o noivo após a festa, porém neste caso a festa seria interrompida, pois o Noivo seria tirado, o termo “tirado” implica uma remoção violenta, quando vissem Jesus morto se afligiriam e jejuariam, o termo grego para a palavra “tirado” é apartê que indica uma separação a força e penosa, aí sim seus discípulos teriam razão para jejuarem.

Quando Jesus afirmou que um dia seria tirado do convívio dos Seus discípulos, Ele assim estava se referindo à Sua morte na cruz, que também fazia parte da Sua missão e a Sua ressurreição como o término da angústia dos discípulos, a aflição dos discípulos de Cristo não duraria muito tempo, uma vez que seu Senhor ressuscitaria ao terceiro dia e a tristeza deles se converteria em alegria como nos diz Jo 16:19-20.

Os versos 21 e 22 inauguram a segunda parte da resposta de Cristo aos fariseus, atingindo o núcleo da questão levantada, o conflito entre o “novo” e o “velho”.

Jesus então faz uso de duas parábolas. Estas pequeninas parábolas manifestam ainda o mesmo sentimento de novidade absoluta trazida pelo reino de Deus. A conexão destas duas parábolas sem dúvida teve algo a ver com as muitas contrariedades de Jesus com as autoridades religiosas acerca das tradições ou "costumes de homens introduzidos como verdade".

As parábolas eram referentes a remendo novo costurado em vestes velhas (uma roupa velha que já perdeu a sua elasticidade ao receber um remendo de pano novo, uma vez sendo mais flexível, se rompe deixando a rutura ainda maior) e vinho novo posto em odres velhos.

O odre é um recipiente de couro, uma vez estando velho o couro endurece e fica sem elasticidade, e se rompe caso coloque dentro dele vinho sem ter passado pelo processo de fermentação.
A resposta de Jesus era oportuna, pois os discípulos de João observavam muitas das formas ritualísticas prescritas pelos rabis e esperavam mesmo serem justificados por elas, eles misturavam a mensagem de seu mestre Batista com o ritualismo dos fariseus, a mensagem de Jesus era revolucionária, não era uma mera reforma do judaísmo.

Assim Jesus adverte também a Seus discípulos para não mesclar a velha religião da salvação pelas obras pregada pelos fariseus, com o evangelho da salvação pela graça somente que Ele pregava.

Há duas verdades importantes na experiência de Cristo, quando interrogado no banquete da casa de Levi, que servem para nós hoje.

“O espírito do verdadeiro jejum e oração é o espírito que rende a Deus mente, coração e vontade”.

“Jejuar e orar quando imbuídos de um espírito de justificação própria, é uma abominação aos olhos de Deus”.

O verdadeiro jejum é um espírito de entrega e não de barganha com Deus.


A verdade é que Jesus mesmo estando em um banquete praticava em essência o verdadeiro jejum. Entendemos isso quando vemos a essência do jejum descrita em Is 58:6. O texto diz: “Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras das servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo.”

E Jesus estava entre pecadores pregando as boas novas de salvação (do pecado e da morte).

Não em ociosas lamentações, em simples humilhação do corpo e multidão de sacrifícios.

O verdadeiro espírito de devoção, mas revela-se na entrega do próprio eu em voluntário serviço para Deus e o homem”.

Como podemos ver, o jejum é considerado autêntico, quando praticado em espírito de entrega, assim fazendo estaremos mais receptivos para receber as bênçãos gratuitas de Deus.

Não devemos fazer do jejum um ato meritório, ou seja, para alcançar os favores de Deus, isso é mesclar as boas novas do evangelho com o formalismo do judaísmo antigo.
"Muitos fazem da religião um negócio. Vão à igreja para obterem proteção que os livre do sofrimento. Na sua concepção, Deus é um grão-senhor a quem se adula para conseguir graças. Toma lá, dá cá."
(E. Percy Ellis)

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