Cristãos e sacerdotes da religião cristã, mas, assim mesmo, atendem com mais facilidade qualquer valor ou estratégia, do que à Palavra de Jesus.
Tanto fez se são de linha extremada, exemplo: Neo-Pentecostal; ou se são da linha dos chamados Liberais.Não importa.
Os primeiros não crêem porque brincam com o nome de Jesus, enganando o povo sem pudor e sem temor de qualquer juízo de Deus. Já os do 2º grupo, não crêem também; embora, sem a insinceridade malévola dos primeiros.
Entretanto, tanto faz...
Os primeiros organizam “igrejas-franquias” para ganhar dinheiro. Todas elas são franquiadas... Recaíra sobre eles o que Jesus garantiu em Mateus sete que virá sobre todo lobo vestido de ovelha.
Já os de linha oposta, os chamados Liberais, não crêem também, mas, como são pessoas mais sutis e sofisticadas, desenvolvem meios psicológicos de permanência na “igreja” e até no “ministério”, pois, além do sustento, têm na “igreja” uma confraria, um Lions, uma maçonaria de velhas amizades e de cânticos saudosos;
valores psicológicos importantes para eles. Além disso, muitos precisam do púlpito como forma de catarse; do contrario, enlouquecem ou surtam seriamente.
Em meio a esses pólos, temos os Ortodoxos semi-Ateus. Perguntados sobre Deus, eles dizem que crêem. Mas o negam por todas as suas ambições e demonstrações de culto à instituição, como se esta fosse o próprio Deus.
Assusta-me ver como muitos pastores conseguem ficar pregando anos e anos aquilo no que não crêem.
Sim! Muitos e muitos deles não crêem mais...
Do 1º grupo, dos extremados neo-pentecostais, se pode dizer: “O meu povo perece por falta de conhecimento”.
Do 2º grupo, todavia, tem-se que dizer: “O meu povo perece por causa de seu suposto conhecimento”.
Já do 3º grupo, o dos Ortodoxos, tem-se que afirmar: “Meu povo perece por falta de amar!”
Ao mesmo tempo, quando vejo que qualquer das três tendências acima mencionadas, se misturam a algo que poderíamos chamar de “sincera ignorância”,
o produto é sempre o mesmo: uma espiritualidade de emblemas, de ritos, de cultos e de afirmações de crença — as quais serão tão mais importantes quanto sejam ou inconvenientes ou apenas escandalizadoras; neste último caso a relação com o escândalo é mais fácil de se apresentar nos do 1º e nos do 2º grupos;
posto que os Ortodoxos somente escandalizem pela Fobia do Escândalo que os possui como um demônio.
Quando o pastor de tal possibilidade espiritual é ainda sincero, vê-se que seu culto se dirige à Bíblia ou à Igreja. Mas não se sente que ele tenha nada além de fé como correção doutrinaria diante de seus olhos, existindo quase sempre infeliz e oco de amor.
Intimidade com Deus, então, passa longe.
Confiança e regozijo na esperança da Glória... desvanecem.
Coragem de pregar o Evangelho, simples como ele é, soa como atraso para uns, e, para outros, como falta de visão de mercado.
Os Ortodoxos, no entanto, temem e tremem...; mas amam mais as suas tradições do que a simples verdade do Evangelho; posto que se fossem do Evangelho, e tão somente do Evangelho, isso lhes tiraria os dois deuses que cultuam: a Bíblia, como livro inerrante, e a Igreja, como algo a ser defendido até a morte na Terra;
e os colocaria no chão instável da fé que apenas segue a Jesus sem fazer perguntas e sem acrescentar pesos.
O fato é que quem ama, ama a “igreja”; quem trabalha, usa a “igreja”; quem não crê, mas poesia a fé, o faz como recurso de sobrevivência psicológica, tendo a “igreja” como Divã.
Já os Ortodoxos, que amam a Deus como conceito Bíblico, esses existem tão vivos quanto a Estatua de Calvino.
Os 1ºs reúnem muito povo para alcançar muito dinheiro.
Os 2ºs tentam acalentar almas igualmente saudosas de Deus como as deles próprios.
Os 3ºs amam a Deus nas letras das doutrinas... E dizem: “...se ninguém ouvir e ninguém ficar, não importa...”; posto que eles continuarão debruçados sobre o Livro..., masturbando-se com os contornos e nuances das doutrinas...
Enquanto isto, quem teria pique para trabalhar, engana; quem teria mente para ensinar, descrê; e quem teria caráter para ser um Pilar de saúde, torna-se apenas uma Estatua de Sal.
Em algum lugar se ouve o grito do profeta:
“Sai do meio dela, povo meu!”
Caio Fabio.
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